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sexta-feira, 06 setembro 2019 09:20

Visita Papal: Quinta-feira de “folga” em Maputo

Apesar de, oficialmente, a tolerância de ponto ter sido decretada para esta sexta-feira, 06 de Setembro, nas província e Cidade de Maputo, por ocasião da santa missa a ser celebrada pelo Papa Francisco, no Estádio Nacional do Zimpeto, a mesma já vem sendo gozada desde ontem, quinta-feira, primeiro dia das actividades do Sumo Pontífice da sua visita à República de Moçambique.

 

Escolas, instituições públicas e outros sectores da economia estiveram abertos no dia de ontem, mas quase ninguém cumpriu com as suas obrigações. Logo pela manhã, concretamente 09 horas, alguns citadinos já se encontravam pelas ruas da capital do país para ver, saudar e registar a passagem do Santo Padre.

 

Entre os curiosos em registar o momento, estavam alunos, professores e demais funcionários públicos que abandonaram as salas de aula e/ou gabinetes para ver o Papa Francisco. Uma das escolas em que não houve aulas, no período da manhã, conforme testemunhamos, é a Primária Completa 16 de Junho, que até as 09 horas, os alunos e professores já encontravam defronte do edifício para saudar o Santo Padre, que só viria a passar o local pelas 11 horas, depois de ter cumprido a sua primeira agenda: encontro com o Presidente da República, corpo diplomático, religiosos e sociedade civil.

 

Tal como os alunos da EPC 16 de Junho, os estudantes e funcionários do Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique (ISCAM) encontravam-se na varanda de um dos pavilhões para poder registar o momento.

 

Para além de alunos e professores, a “Carta” registou também a “prontidão” de alguns funcionários, sobretudo do Instituto Nacional de Previdência Social, em testemunhar a passagem do Santo Padre. Logo pelas 09 horas, as janelas do edifício já se encontravam abertas e alguns funcionários encontravam na entrada do mesmo à espera do momento que durou menos de 30 segundos.

 

A situação replicava-se por outras instituições, como Procuradoria-Geral da República, Tribunal Supremo, entre outros que se encontram no “radar” do Papa. Os que se encontravam distante do local por onde o Sumo Pontífice ia passar, abandonavam os seus Gabinetes para registar o momento. Nas lojas e restaurantes por onde a “Carta” passou, os funcionários acompanhavam a “peregrinação” do Chefe de Estado do Vaticano pela televisão.

 

Testemunhado o momento, vários sentimentos eram partilhados entre os testemunhos oculares da segunda missão apostólica ao país de um Papa, depois de João Paulo II. Uns partilhavam a alegria de ter visto o 266º Papa, outros partilhavam a alegria de terem captado, com os seus aparelhos, a imagem do Santo Padre. Porém, outros partilhavam a frustração de não terem encontrado o melhor ângulo para ver o líder religioso mais influente do mundo, alguns partilhavam a frustração de a tecnologia o lhes ter traído no momento certo.

 

Já no Pavilhão do Maxaquene, local escolhido para a realização do encontro inter-religioso com os jovens, o ambiente era arrepiante. Estudantes, professores, técnico de saúde e demais profissionais que “Carta” conseguiu reconhecer lotavam por completo o local, dentro e fora e os que não conseguiram lugar no interior do Pavilhão, acompanharam o discurso do Sumo Pontífice a partir de uma tela gigante, montada no Pavilhão do Grupo Desportivo de Maputo.

 

Enfim…, a quinta-feira de 05 de Setembro de 2019 fica na história, como aquela data em que, mesmo sem tolerância de ponto, os alunos, funcionários públicos e demais trabalhadores “tiraram” uma folga quase todo dia para acompanhar cada passo da presença do Papa Francisco em Moçambique. (Abílio Maolela)

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