O Fórum de Monitoria do Orcament0 (FMO) não cruza mãos na sua empreitada de ver Manuel Chang embarcar para os EUA, em processo de extradição, e garantir que o julgamento de Jean Boustani, gestor sénior da Privinvest, que inicia no próximo dia 15 de Outubro, seja um processo transparente e informativo para a sociedade moçambicana.
Na semana passada, o FMO submeteu na África do Sul, junto do Tribunal Supremo de Gauteng, as suas derradeiras alegações contra a pretensão do Governo de Maputo de ver Manuel Chang ser extraditado para Maputo.
E ontem, o mesmo FMO, escreveu ao Procurador Richard Donoghue, do tribunal de Brooklyn, e à firma que defende Jean Boustani, a Willkie Farr and Gallagher LLP, solicitando que todas as provas e evidencias sejam-lhes disponibilizadas, para que possam ser traduzidas para português e divulgadas de forma ampla em Moçambique.
“O julgamento de Jean Boustani é da extrema importância para os moçambicanos, e vai ser seguido por muitos”, diz o FMO, acrescentado que “a disponibilização imediata das provas vai ajudar os moçambicanos a terem uma compreensão cabal sobre as alegações de corrupção levantadas contras funcionários moçambicanos e contra aqueles com quem eles fizeram o negócio.”
O FMO recorda que o caso vertente causou um enorme prejuízo à sociedade moçambicana e os seus cidadãos estão hoje a pagar por empréstimos contraídos para a compra de equipament0 e serviços sem nenhum valor, ou que acabaram apenas como subornos para banqueiros, homens de negócios e funcionários do Estado moçambicano. (Carta)