“Não vamos aceitar resultados manipulados e não gostaríamos de voltar a ter os problemas do passado”, Ossufo Momade
A garantia de que não vai aceitar resultados fraudulentos é, para já, a nota que salta à vista da intervenção proferida por Ossufo Momade, momentos depois de depositar o seu voto na sua terra natal, Ilha de Moçambique, província de Nampula. O candidato presidencial da Renamo exerceu o direito de voto acompanhado da sua esposa, por volta das 8 horas e 50 min.
Caso os resultados não estejam longe de refletir àquela que é a genuína vontade expressa pelos eleitores na urna, alertou Momade, estavam sim criadas as condições para que o país volte a experimentar momentos instabilidade, apesar não ser o seu desejo, chamando à colação o recente acordo de Paz, o de Reconciliação de Maputo, como sendo a prova inequívoca desse desígnio.
“Estas eleições devem refletir a vontade popular. De contrário, não vamos aceitar resultados manipulados e não gostaríamos de voltar a ter os problemas do passado”, Ossufo Momade à saída da mesa de voto, implantada na Assembleia de Voto, que logo pelas primeiras assistiu-se a uma confusão entre escrutinadores e delegados da Renamo.
“Órgãos eleitorais devem criar condições para que estas eleições sejam transparentes, livres e justas”, Daviz Simango
Os órgãos eleitorais, sempre mote para acesas discussões a cada pelito eleitoral, foi o ponto central da intervenção de Daviz Simango, Presidente do Movimento Democrático de Moçambique, depois exercer o seu dever cívico. Simango avançou que os órgãos que administram o processo eleitoral no país, nomeadamente o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral e a Comissão Nacional de Eleições, tem, desta vez, a oportunidade garantirem eleições livres, justas e transparentes.
“É uma grande oportunidade para eles (órgãos eleitorais- STAE e CNE) terem orgulho de serem moçambicanos e uma das formas é criar condições para que estas eleições sejam transparentes, livres e justas”, disse Simango, depois de votar no campus da UniZambeze, na cidade da Beira, Sofala.
As Forças de Defesa e Segurança mereceram, igualmente, uma atenção especial do candidato presidencial do “galo”. Para ele, as FDS devem pautar pela neutralidade e absterem-se de actos de intimidação.
Mário Albino denuncia afastamento de seus delegados de candidatura nas Mesas de Voto
Passavam 11 minutos da hora prevista (8:30 horas), quando o candidato presidencial da Acção de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino Muquissince, chegou no Instituto Industrial e Comercial de Nampula para exercer o seu direito de votar e também ser eleito.
Acompanhado simplesmente pelo Presidente da Comissão Provincial de Eleições de Nampula, Daniel Ramos, o Presidente da AMUSI depositou os seus votos (para as presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais) na Assembleia de Voto Nº 03001-04. À saída, Mário Albino mostrou-se feliz por ter exercido o seu direito cívico, mas manifestou preocupação em relação a uma alegada exclusão dos delegados de candidatura do seu partido.
“Registamos casos de alguns MMV que tentam afastar os nossos fiscais [delegados de candidatura] e, neste momento [09 horas], tivemos queixas do caso de Nakwia, onde os MMV não deixam entrar os nossos fiscais. Mas acreditamos que podemos ultrapassar esses casos”, disse Mário Albino, instantes depois de votar. (Carta)