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quinta-feira, 31 outubro 2019 06:10

Assassinato de Anastácio Matavel: PRM diz não ter rastro do agente Agapito Alberto Matavele

Agapito Matavele (à direita continua foragido)

A Polícia da República de Moçambique (PRM) diz continuar sem o rastro do agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), Agapito Alberto Matavele, o quinto integrante da quadrilha que, a sague frio, executou o activista social Anastácio Matavel.

 

Orlando Mudumane, porta-voz da PRM, que falava, esta quarta-feira, em Maputo, no habitual briefing com a comunicação social, confirmou este facto, avançado, na sequência, que os outros dois integrantes do grupo, igualmente agentes da PRM, tinham já as suas prisões legalizadas.

 

 

“Ainda não. Os outros dois estão, neste momento, presos e a prisão foi devidamente legalizada”, atirou Orlando Mudumane.

 

A “gang”, que executou Anastácio Matavel, era composta por cinco agentes da PRM, todos afectos à Forças Especiais. Para além do foragido e dos ora sob custódia das autoridades policiais (Edson Silica e Euclídio Mapulasse), os outros dois perderam a vida (Nóbrega Chaúque e Francisco William) num aparatoso acidente de viação, em que se envolveram instantes depois de metralhar aquele defensor acérrimo da gestão sustentável dos recursos florestais.

 

O director do Fórum das Organizações não-governamentais de Gaza (FONGA) foi crivado de balas no interior da sua viatura, na zona de Mocita, no bairro Inhamissa, cidade de Xai-Xai, província de Gaza, no passado dia 07 de Outubro, quando regressava de uma agenda laboral.

 

Resultados da Comissão de Inquérito: Mudumane fala de “momento oportuno”

 

Outro aspecto abordado no breve meeting com os jornalistas foram os resultados do inquérito aberto na sequência do assassinato de Anastácio Matavel. Sobre o assunto, Mudumane avançou que a Comissão havia já concluído o seu trabalho e que o relatório encontra-se, neste preciso instante, na posse das “entidades competentes”, que estão a fazer a competente análise do documento.

 

No que respeita à divulgação do mesmo, o porta-voz da PRM disse aos jornalistas que o mesmo será tornado público no “devido momento” sem, no entanto, detalhar que momento seria em concreto.

 

“As equipas constituídas para o inquérito já terminaram o trabalho e o relatório foi submetido às entidades competentes. Portanto, neste momento, está a ser analisado ao mais alto nível e, em devido momento, far-se-á a devida comunicação do que vem no relatório desse inquérito”, atirou.

 

Logo após o assassinato de Anastácio de Matavel, a par de ordenar a constituição de uma Comissão de Inquérito, o Comandante Geral da Polícia da República de Moçambique afastou Tudelo Guirrugo, Comandante do Grupo de Operações Especiais (GOE), e Alfredo Macuácua, Comandante da Unidade de Intervenção Rápida, ambos de Gaza. (Carta)

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