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quinta-feira, 07 novembro 2019 05:43

Caso LAM-Executive: julgamento de António Pinto, Hélder Fumo e Mia Temporário marcado para o dia 15

António Pinto / Mia Temporário

O antigo Presidente da Comissão Executiva da LAM, António Pinto, o seu ex-Administrador Financeiro, Hélder Fumo, e a Directora-Geral da “Executive”, Mia Temporário, vão a julgamento a partir de 15 de Novembro, soube “Carta” de fontes ligadas ao processo. Os três foram detidos no passado mês de Outubro, mas Hélder Fumo acabou sendo libertado sob uma caução de 700 mil Mts. Pinto e Temporário mantêm-se sob prisão preventiva.

 

 Os três são acusados de peculato, de acordo com uma fonte do Gabinete Central de Combate à Corrupcão (GCCC), tendo como pano de fundo dois contratos de prestação de serviços entre a LAM e a Executive. “Carta” teve acesso aos contratos. O primeiro foi rubricado pelos três a 1 de Novembro de 2016. O contrato tinha como objecto a prestação de serviços à LAM por parte da “Executive” no “acompanhamento, gestão e desenvolvimento criativo da marca LAM, na componente ATL (Above The Lines)”.

 

Os serviços incluíam “a gestão da interacção ente o cliente e a agência; gestão de projectos de comunicação; a análise, pesquisa, planeamento estratégico e definição de conceito criativo para as campanhas de comunicação ATL; acompanhamento de produção gráfica e audiovisual; pós-produção de duas imagens por mês; revisão mensal de conteúdos, paginação e arte-finalização de Newsletter interna; acompanhamento, gestão e desenvolvimento criativo para o Facebook da LAM (três “posts” semanais, que podiam ser ligação, imagens ou texto; gestão de comunidade e respectivas respostas entre as 9 e as 18 horas; e um relatório mensal de performance). Por este contrato, a “Executive” recebia mensalmente da LAM o montante de 1.000.000,00 Mts.

 

O segundo contrato foi celebrado a 1 de Junho de 2017. Neste contrato, para além das três assinaturas, está também estampada a de um cidadão angolano, de nome Nuno Fernandes, que é identificado como Presidente do Conselho Executivo da “Executive”. Nuno Fernandes não é arguido no processo. O objecto deste contrato incluía serviços “nas áreas de comunicação, imagem, publicidade, relações públicas e artes gráficos”, abrangendo a produção da revista de bordo da LAM, a Índico. Pelo contrato, a LAM pagava mensalmente à “Executive” o montante de 2.000.000,00 Mts. (Carta)

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