Onze dias depois do seu lançamento oficial, que teve lugar na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, no passado dia 09 do corrente mês, a Força em Estado de Alerta da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), mandatada pelos Estados-membros da organização regional para ajudar Moçambique no combate aos ataques terroristas, ainda não iniciou as suas operações naquela província do norte do país.
Segundo o Ministro da Defesa Nacional, Jaime Bessa Neto, que confirmou a informação à margem da Cimeira da SADC, que teve lugar esta semana no Malawi, a força da SADC ainda está a instalar-se nos locais onde foi indicada para a perseguição dos terroristas, pelo que, “acredito que, muito rapidamente, a ofensiva por via da SADC vai iniciar”. O governante não avançou a data exacta.
Lembre-se que, aquando do lançamento da missão da SADC, o Presidente da República e então Presidente em exercício da SADC, Filipe Nyusi, orientou a Força regional a concentrar os seus esforços na clarificação do triângulo Macomia-Oasse-Quissanga e o corredor Muidumbe-Miangalewa e fechar por completo a linha estratégica de Nangade.
Refira-se que dados avançados durante a cerimónia de lançamento da missão indicam que a intervenção militar da SADC em Cabo Delgado vai dar o seu pontapé de saída com um contingente de 738 homens e 19 peritos, sendo que a vizinha Tanzânia apresenta o maior número de elementos (277), entre pessoal do combate, administrativos e peritos.
Sublinhar que, enquanto as tropas da SADC ainda se instalam, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e as tropas ruandesas continuam com as suas operações, que já permitiram a retoma do controlo da vila de Mocímboa da Praia, que estava no controlo dos terroristas desde Agosto de 2020. (Carta)