A situação de segurança deteriorou-se, no distrito de Nangade, nos últimos dias, com uma série de ataques desencadeados pelos terroristas que cada vez mais se estão a aproximar à vila sede.
Fontes locais, em Nangade-sede, consideram o avanço dos terroristas, mesmo com a presença das forças conjuntas, como uma ameaça e temem que a região possa ser atacada a qualquer momento. Em cerca de duas semanas, os insurgentes escalaram as aldeias de 3 de Fevereiro, Litingina, Luneke, Chindolo, V Congresso, Chiduadua e, mais recentemente, Limualamuala.
Segundo relataram, o último ataque foi no sábado passado, à aldeia Limualamuala e resultou em seis mortos, cujas vítimas foram surpreendidas numa cerimônia de ritos de iniciação. A aldeia dista a seis quilómetros da vila sede do distrito.
De acordo com as fontes, antes do início das cerimónias de ritos de iniciação, a população terá solicitado a presença das forças conjuntas, tendo sido destacado um grupo de militares. Só que, quando os soldados regressaram à sede, os terroristas invadiram a aldeia e começaram a disparar, tendo morto a tiro quatro pessoas e decapitado outras duas.
Foi uma acção descrita como rápida, que indicia que havia colaboradores infiltrados na zona que forneceram informação sobre a movimentação das forças conjuntas, na medida em que logo após a sua saída, a aldeia foi atacada.
A situação não se prolongou por muito tempo, porque os militares tinham deixado seus contactos, e estes foram de imediato chamados a intervir, tendo contra-atacado durante a noite de sábado, facto que deixou em pânico a população da vila sede, obrigando parte dela a abandonar as suas residências. Em Limualamuala, os terroristas também queimaram palhotas da população.(Carta)