Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Política

Cerca de 28 milhões de eleitores vão decidir quarta-feira, pela sexta vez desde o fim do apartheid em 1994, o futuro político da África do Sul, após uma década de fraco crescimento económico, aumento da corrupção e tensões raciais.

 

O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, que é também líder do partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês) - que sucedeu em dezembro de 2017 a Jacob Zuma, afastado por vários escândalos de corrupção -, promete estimular o crescimento económico do país, combater a corrupção na administração do Estado e "punir os membros do partido envovidos no roubo de dinheiros públicos" apesar do declínio do partido nas urnas desde 2014.

 

Um analista político considera que o Congresso Nacional Africano (ANC) vai manter-se no poder na África do Sul, nas eleições de quarta-feira, admitindo uma alteração do equilíbrio de forças entre as duas principais facções no partido.

 

A reunião do Comité Central do partido no poder, a Frelimo, foi, sem margem para qualquer dúvida, “ensombrada” pelo caso que tem na figura do filho do primeiro presidente do país, Samora Machel Jr., o principal protagonista. “Carta” ouviu, logo após o fim dos trabalhos, alguns militantes de proa do partido sobre um caso que ainda não conheceu o seu desfecho. Trata-se de Tomaz Salomão, Alcinda De Abreu e Conceita Sortane, todos membros da Comissão Política. 

 

terça-feira, 07 maio 2019 06:56

“Desorganização organizada” no SENAMI

O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) ainda não levantou nenhum processo disciplinar contra os seis funcionários envolvidos no escândalo dos passaportes apreendidos pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), revelou Maria Amélia Sequate, Directora Nacional de Emissão de Documentos, durante a audição do julgamento daquele caso, realizada na última sexta-feira (03 de Maio), pela 4ª secção criminal do Tribunal Judicial do Distrito Municipal de Kampfumo (TJDMK).

 

Não está para breve a decisão em torno do processo aberto contra Samora Machel Jr., em virtude de ter encabeçado a lista da AJUDEM, um movimento cívico, cuja candidatura para as eleições autárquicas do ano passado, na cidade de Maputo, foi chumbada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

 

Um mar de contradições marcou a sessão de audição aos declarantes, constituídos no âmbito do Processo Querela nº 963/19/A, relativo ao caso de falsificação do passaporte que permitiu Momade Assif Abdul Satar, mais conhecido por Nini Satar, fugir do país, em 2015.