Líderes Africanos reúnem-se esta semana em Abidjan para comemorar o Primeiro de Março - Dia Africano da Alimentação Escolar. O evento de três dias organizado pela União Africana em parceria com o governo da Costa do Marfim é uma arena para os governos celebrarem as conquistas e confirmarem os planos futuros para programas de alimentação escolar em toda a África. O Programa Mundial para a Alimentação das Nações Unidas (PMA) reconhece a crescente vontade política e o compromisso dos governos para investirem na alimentação escolar em todo o continente. Os estados africanos continuam a priorizar a alimentação escolar por meio de políticas e legislação, para aumentar os ingressos, melhorar a retenção, a frequência e o desempenho das crianças na escola, para além de criar crescimento económico e inclusão da rapariga no acesso a educação.
“Nos últimos anos, testemunhamos a mudança da alimentação escolar, dos programas de proteção social para uma característica central das estratégias de muitos países para garantir a segurança alimentar e nutricional para todos”, disse Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome no Brasil. “A alimentação escolar tornou-se uma intervenção chave para os países alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2 (e 4), e a União Africana tem sido uma grande defensora da adopção de alimentação escolar local como uma estratégia continental para melhorar a educação, a nutrição, e criar oportunidade para a agricultura familiar participar na eliminação da fome.”
“Programas de alimentação escolar estão a mudar a qualidade da educação em África - milhões de pessoas, especialmente raparigas, têm acesso regular à educação e refeições nutritivas, graças aos governos nacionais cujo compromisso é apoiado pela União Africana”, disse Carmen Burbano, Diretora de Alimentação Escolar do PMA. “Os benefícios desse investimento vão para além das escolas para comunidades inteiras - os pequenos agricultores estão a encontrar novos mercados para seus produtos, o que impulsiona as economias e cria empregos - e os governos colherão os benefícios do capital humano.”
“Nos últimos 20 anos, a alimentação escolar tem impulsionado os ingressos, assiduidade, frequência e desempenho escolar, assim como o acesso das raparigas à educação nas escolas primárias nas zonas rurais em Moçambique”, disse Karin Manente, Directora Nacional e Representante do PMA no País. “Investir na alimentação escolar, particularmente no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PRONAE), exige de todos nós uma visão abrangente, tal como está na Agenda da União Africana sobre Alimentação Escolar. Temos a esperança de ver a Alimentação Escolar converter-se numa das áreas prioritárias no próximo Plano Estratégico (2020-2029) do MINEDH, com os devidos instrumentos legais e programáticos para a ampliação do seu sucesso.” (Carta)