No primeiro dos 21 dias da greve nacional dos médicos, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, visitou alguns hospitais da província e cidade de Maputo. Após a visita, Tiago disse estar satisfeito com aquilo que observou, depois de ter visitado alguns departamentos.
Durante a sua visita, Tiago escalou o Hospital Provincial de Maputo, na província de Maputo, e os Hospitais José Macamo e de Mavalane na cidade de Maputo. Numa visita sem a cobertura da imprensa, no Hospital Geral José Macamo, o dirigente cruzou com a nossa reportagem depois de visitar os serviços gerais desta unidade sanitária.
A nossa reportagem visitou ainda a pediatria, a maternidade e o bloco de consultas normais de adultos do Hospital de Mavalane.
Pronunciando-se sobre a greve dos médicos, o ministro Armindo Tiago disse que o funcionamento estava normal e que assim continuaria.
“Visitamos três hospitais e parece-nos até agora que o funcionamento é normal e queremos que assim continue porque nós, como profissionais da saúde, fizemos um juramento e o Ministério da Saúde e o Governo tem um lema ‘O nosso maior valor é a vida’. Acho que o que os colegas estão a fazer neste momento não é mais do que honrar esse lema, mas, sobretudo, também honrar o sacerdócio de profissionais de saúde que juraram na altura da formação”.
Entretanto, depois de terminar a visita, o Ministro da Saúde mostrou-se satisfeito. “Estamos muito felizes e queremos que assim continue, independentemente dos constrangimentos que estão a decorrer”.
O ministro garantiu que o Governo fez tudo para que a greve não ocorresse.
“Nós fizemos tudo para que a greve não ocorresse e nós vamos atempadamente comunicar sobre a posição do Governo. Vamos explicar aquilo que esteve na mesa de negociações e o que o Governo satisfez e o que não satisfez e as razões disso e vamos dar um pouco mais de clareza a estas zonas de penumbra que ainda existem”, explicou.
“Mas como Governo, nós estamos satisfeitos com a boa-fé do Governo neste processo. Uma boa negociação é aquela em que todos saem a ganhar. Se houver a tendência de que alguém queira ganhar (em detrimento do outro), então perde o conceito de uma negociação. (Marta Afonso)