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Quinze jovens moçambicanos naturais de Cabo Delgado e Nampula estão a contas com as autoridades, desde última sexta-feira, na cidade de Pemba, sob acusação de se estarem a preparar para se juntar ao terrorismo.
O Porta-voz da PRM em Cabo Delgado, Mário Adolfo, disse que a vizinhança da casa onde decorriam encontros da suposta radicalização, no bairro Cariacó, denunciou à polícia e esta, por sua vez, encetou uma busca e neutralizou o grupo, liderado por um indivíduo que recentemente esteve numa formação islâmica no Sudão.
Na apresentação à imprensa, o porta-voz da PRM revelou que os indivíduos foram detidos durante a aula de madrassa (escola de Alcorão), acrescentando que foram encontrados na posse de algum material militar, como fardamentos e mochilas.
Mário Adolfo argumentou que tal facto indicia que os terroristas podem estar infiltrados no meio das pessoas, mesmo a nível da cidade de Pemba e pediu o reforço da vigilância e denúncia às autoridades sobre movimentos estranhos.
Por seu turno, os acusados ora detidos negaram que se estejam a preparar para se juntar aos terroristas, justificando que a polícia os recolheu para esquadra depois do grupo ter chegado no quintal onde às sextas-feiras se reúne para estudo da madrassa, conforme explicou um deles.
Na mesma senda, outro jovem, por sinal proprietário da casa onde foram detidos os 15 jovens, contou que, apesar de não ter informado as autoridades locais, o grupo discutia a criação de uma congregação para estabelecer uma escola islâmica (madrassa) e não para radicalização. (Carta)
