O pagamento dos salários dos 72 trabalhadores da antiga Distribuidora Nacional de Material Escolar (DINAME) ainda continua uma incógnita e os mesmos já não conseguem sustentar as suas famílias e muito menos as suas despesas básicas.
Depois de ter paralisado as suas actividades no princípio do mês de Novembro, em reivindicação aos cinco meses de salário em atraso, o grupo voltou a convocar a imprensa para anunciar que o problema ainda não foi resolvidoe que os salários do mês de Novembro também entram na lista de meses em atraso.
À “Carta”, os grevistas revelaram já se terem reunido com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), mas sem qualquer sucesso. “Este é um grito de socorro dos trabalhadores da DINAME. Já submetemos uma carta ao Presidente da República, Filipe Nyusi, no mês de Agosto do ano corrente, a pedir uma intervenção. Submetemos outra carta ao Ministro das Finanças, Max Tonela, com o mesmo grito de socorro”.
“Solicitamos uma intervenção urgente na nossa situação, pois, dos vários encontros mantidos, o MINEDH mostrou-se indisponível para pagar os nossos salários. Não estamos a reivindicar a Tabela Salarial Única (TSU), apenas queremos os nossos salários de seis meses, pedimos socorro para quem de direito, refere a massa laboral.
Lembrar que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) retirou, há dois anos, da DINAME, os serviços de recepção e armazenagem de livros de distribuição gratuita em todo o país, alegando que a decisão foi imposta pelo Banco Mundial.
De acordo com a massa laboral, o facto de terem sido retirados os serviços comprometeu o funcionamento da empresa e os trabalhadores ficaram entregues à sua sorte, pois o MINEDH virou as costas. (Marta Afonso)