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Setenta e cinco pessoas já perderam a vida no país, na presente época chuvosa 2022/2023 e 45.819 foram afectadas, apontam dados do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Desastres (INGD).De acordo com os dados, obtidos esta quinta-feira pela agência Lusa, o maior número de mortes foi registado na zona centro do país, nas províncias de Manica e Zambézia, com 20 e 18 óbitos, respectivamente.Outras 90 pessoas contraíram ferimentos para além da destruição total e parcial de 4.119 casas, tendo deixado 3.356 casas inundadas.
Os ventos fortes e as chuvas que vêm caindo, acompanhadas de descargas atmosféricas e queimadas descontroladas, são as principais causas do cenário de mortes e feridos que se regista no país. Desde o mês de Outubro até à última segunda-feira, a época chuvosa afectou ainda 56.930 alunos e 940 professores, para além de 1.917 quilómetros de estradas.
Neste momento, Moçambique encontra-se em plena época chuvosa e ciclónica que decorre entre os meses de Outubro e Abril, sendo que actualmente o Canal de Moçambique está sob efeito do ciclone CHENESO, podendo evoluir para um ciclone severo com a probabilidade de provocar ainda mais danos em algumas províncias.
Entretanto, no mês de Novembro do ano passado, o INGD anunciou que precisava de 7,4 mil milhões de meticais (112 milhões de euros) para fazer face à presente época 2022/2023, período em que se prevê que pelo menos 2,2 milhões de pessoas sejam afectadas.
Refira-se que a época chuvosa de 2018/2019 foi das mais devastadoras de que há memória em Moçambique, em que 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas do Idai e Kenneth, dois dos maiores ciclones de sempre a atingir o país, cujos efeitos ainda se fazem sentir. (Marta Afonso)
