Fonte militar disse que os terroristas podem ter reforçado o seu arsenal depois de se terem apoderado de muito material bélico, após a recente emboscada contra viatura das FDS, no distrito de Muidumbe, norte de Cabo Delgado. A mesma fonte, que falava dos contornos dos recentes confrontos, concretamente na zona baixa de Muidumbe, deu conta da provável existência de um número significativo de terroristas.
Falando à "Carta", na condição de anonimato, a fonte, que à semelhança de outros colegas fugiu da linha de combate até à vila de Macomia, contou que o ataque inicial contra os terroristas foi lançado pelas tropas do Botswana, depois de identificar um acampamento onde tinham campos agrícolas. Vendo-se cercados pelos terroristas, as FDS foram em socorro dos soldados tswanas e os militares moçambicanos também ficaram retidos.
Passados três dias de combate e sem logística alimentar, foi activada uma unidade para fornecer alimentos e foi nessas circunstâncias que a viatura das FDS caiu numa emboscada, logo depois de deixar a aldeia Muambula.
A mesma fonte confirmou o registo de mortos e feridos entre os seus colegas, para além de desaparecidos, a maior parte dos quais sem armas. Até último sábado (06), segundo fontes em Muidumbe, havia relatos de confrontos na zona baixa do distrito.
Estado Islâmico reivindica autoria do ataque à posição das FDS em Muidumbe
No dia 3 de Maio corrente, correspondente a 13 Shawwal 1444 do calendário Islâmico, através da mídia social pró-estado islâmico, os terroristas anunciaram ter matado e ferido numa incursão 15 membros das FADM e noutra emboscada cinco militares, numa região próxima de Mandava no distrito de Muidumbe. Os terroristas publicaram na internet um vídeo de 45 segundos, em que mostram uma troca de tiros supostamente com membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. (Carta)