A falta de ovos de consumo e de incubação na África do Sul, em resultado do ressurgimento da gripe aviária neste país vizinho, continua a causar a escassez e subida do preço do produto, na zona sul do país. A gripe aviária foi detectada no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, e levou à incineração de cerca de quarenta e cinco mil poedeiras.
Um dos representantes do sector da indústria e comércio, que falava a partir de Inhambane, numa reunião híbrida de lançamento da Quadra Festiva, disse que o facto de terem sido incineradas as poedeiras de um dos maiores produtores naquela província continua a gerar crise do ovo, o que leva a ser comercializado a 140 Mts meia dúzia (seis ovos) e 280 a dúzia (12 ovos).
O representante da província de Gaza disse, por sua vez, que a crise de ovo está a afectar também aquele ponto do país, levando as autoridades a monitorar os preços praticados pelos comerciantes. A província de Sofala apresentou a mesma preocupação em relação à crise de ovo, visto que era abastecida pela unidade de produção de Inhambane.
Por seu turno, o Secretário Executivo da Associação Moçambicana da Indústria Avícola (AMIA), Zeiss Lacerda, garantiu que nenhuma província, com a excepção de Inhambane, está com crise de ovo devido ao surto de gripe aviária que afectou a unidade de produção de Morrumbene com cerca de 45 mil poedeiras que tiveram que ser incineradas, o que afectou ligeiramente a província de Sofala.
“Em Maputo, continua a ser produzido o ovo, embora devia ser feita a reposição de um pequeno lote de poedeiras. Entretanto, produção está a ocorrer normalmente e a província de Nampula tem estado a apoiar a região sul do país”, explicou. (M.A)