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sexta-feira, 14 junho 2024 08:07

Menor de seis anos morre na pediatria do HCM por alegada falta de profissionalismo

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Uma criança de seis anos de idade perdeu a vida na Pediatria do Hospital Central de Maputo (HCM), alegadamente, por falta de atendimento do pessoal de serviço. Aborrecido, o pai da menor filmou o que sucedeu no hospital e partilhou o vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira (13), o que levou a direcção do HCM a reagir.

 

“A criança de seis anos chegou à unidade sanitária em estado grave e foi encaminhada directamente para os cuidados intensivos pediátricos para receber uma assistência urgente. Infelizmente, passados alguns minutos, dado o seu estado crítico, a criança veio a perder a vida nas mãos do pessoal médico que estava a assisti-la. Consta que, depois que o pai foi informado, decidiu fazer o vídeo”, explicou o Director Clínico do Hospital Central de Maputo, António Assis.

 

Segundo Assis, em termos de tratamento, o HCM tem uma equipa que vai desde a recepção e triagem quando se trata de casos críticos. Entretanto, a direcção do HCM prometeu investigar a denúncia para saber o que realmente aconteceu.

 

“Estamos a fazer a leitura das câmeras de vídeo para apurar o que teria acontecido quando a menor deu entrada. O nosso foco é atender e tratar os doentes da melhor forma possível. Nós somos cerca de 4 mil trabalhadores, entendemos que somos muitos e se existe alguma coisa para melhorar, faremos”.

 

“Esta criança deu entrada nesta unidade sanitária já em estado grave. Consta-nos que ela já estava doente há cinco dias e os pais procederam à auto-medicação e só depois disso resolveram levá-la a uma unidade sanitária”, lamentou.

 

No entanto, o director clínico reiterou que vão verificar as câmeras e os boletins para perceber o que de facto ocorreu. “Se constatarmos que houve um erro da nossa parte, existem procedimentos disciplinares em função do que ocorreu”.

 

Refira-se que em várias unidades sanitárias do país vem se registando casos de mau atendimento, lentidão, falta de medicamentos e outro material de uso hospitalar.

 

Por exemplo, nesta quinta-feira (13), enquanto decorria o processo normal de trabalho, “Carta” apurou que o Centro de Saúde da Matola-Gare [que funciona em tendas improvisadas] já se encontrava com os serviços encerrados às 13h00, alegadamente, porque às vezes o pessoal trabalha somente até às 12h00. Como alternativa, os pacientes, incluindo aqueles em estado grave, foram recomendados a procurar um Centro de Saúde na Machava. (M.A)

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