A organização humanitária internacional Visão Mundial, através das suas acções de apoio ao combate à Malária, defende que a criação de um Fundo para o combate à Malária, anunciado, recentemente, pelo vice-Ministro da Saúde, exige antes um bom plano de monitoria e recursos humanos competentes.
Contactado pela “Carta” para dar a sua opinião em relação ao projecto, o Gestor de Projectos da Visão Mundial, Chandana Mendis, defendeu que a criação do Fundo de combate à Malária deve ser acompanhada de um plano estratégico, que identifica as principais áreas afectadas pela doença, apontar os indicadores e explicar quanto existe, por exemplo, para reduzir os índices da epidemia e em quanto tempo isso será feito.
Designando “Fundo de Malária”, segundo Leopoldo da Costa, a instituição visa cobrir constrangimentos encontrados no financiamento de actividades de combate à malária, um dos principais problemas de saúde pública, sendo responsável pelo maior número de internamento nas unidades sanitárias.
Segundo Mendis, não basta a existência de um Fundo (instituição para “buscar” dinheiro), mas é necessária a colaboração de todos os intervenientes, de modo a garantir que os instrumentos (por exemplo a rede mosquiteira) que forem adquiridos, pela instituição, sejam usados de forma correcta.
Por sua vez, o Director Nacional de Combate à Malária, Baltazar Candrinho, também ouvido pela nossa reportagem em relação ao projecto, explicou que este vem para colmatar as lacunas deixadas pelo valor disponibilizado pelo governo e doadores.
“Neste momento, estamos ainda numa fase embrionária da criação do Fundo. Temos estado a estabelecer contactos com vários parceiros privados que vêm apoiando no combate à Malária, com vista a identificar os interessados que possam fazer parte dos financiadores”, acrescentou a fonte.
Candrinho disse ainda que o lançamento do Fundo de Combate à Malária é um incentivo para Moçambique, visto que, vários países africanos têm lacunas no combate desta doença. (Marta Afonso)