A situação fez com que o Ministério da Saúde (MISAU) montasse postos de rastreio desta doença naqueles distritos da província da Zambézia, segundo revelou o Director Provincial da Saúde naquele ponto do país, Hidayat Kassim, numa conferência de imprensa realizada na última sexta-feira (02 de Julho), na cidade de Quelimane.
Aos jornalistas, Kassim disse que a instalação de postos de rastreio naqueles distritos surge devido à suspeita de surgimento da doença no vizinho Malawi, o que coloca o nosso país em alerta. Kassim afirmou ainda que o alerta ora activado vem de uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao MISAU, que diz ser urgente a montagem dos referidos postos de vigilância nas duas fronteiras que separam Moçambique e Malawi.
O Director Provincial de Saúde da Zambézia garantiu: “a ideia visa, basicamente, rastrear todos os cidadãos que entrarão em Moçambique, caso tenham febre sou se tiveram algum contacto com pessoas que estiveram na República Democrática do Congo, onde o surto do ébola alastrou-se e levantou suspeitas do vírus ter passado para algumas zonas do vizinho Malawi”.
Para Hidayat Kassim, “é consoante este rastreio que nós vamos determinar se há risco ou não na nossa província”. Acrescentando, Kassim disse que os que já entraram no país terão um plano de seguimento com duração de 40 dias ou mais. Mesmo que a província não tenha registado nenhum caso suspeito da doença, estarão sob alerta vermelho.
Conforme revelou Kassim, caso seja detectada a entrada de um suspeito na província da Zambézia, o mesmo será imediatamente isolado, porque o sector dispõe de equipamentos específicos para atender estes casos. Entretanto, a fonte afirmou ainda ser prematuro avançar se a província está ou não em risco, uma vez que “não se confirmou nenhum caso, mas estamos em vigilância”.
De salientar que o país ainda não enfrentou nenhum caso de ébola e nem da dengue, conforme realçou a Inspectora-Geral Adjunta do MISAU, Teresa Panguene. Porém, a República Democrática de Congo já viu a doença dizimar, desde Agosto de 2018, 1.823 pessoas, conforme dados da OMS. (Omardine Omar)