Citado na semana passada pelo semanário Savana como tendo embolsado dinheiros da Privinvest, por alegada indicação de sua irmã, Isaltina Lucas (antiga Vice-Ministra da Economia e Finanças), o Director-Executivo do Porto de Maputo recebeu votos de confiança dos accionistas da MPDC (Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo).
Numa nota de esclarecimento recebida esta tarde na “Carta”, os accionistas escrevem que a MPDC “foi surpreendida, no dia 21 de Novembro, com uma referência ao seu Director-Executivo como estando relacionado com uma empresa que recebeu um montante de valor não referenciado, supostamente para o ‘estabelecimento de uma Autoridade Marítima em Moçambique’.
Esta referência, reitera a nota, “feita no âmbito do julgamento a decorrer nos Estados Unidos da América, não corresponde em todo à realidade”.
A acrescenta que “nem a MPDC nem o seu Director-Executivo foram contactados para prestar qualquer tipo de serviços, nunca receberam ou foram contactados para receber qualquer montante, como supostamente veio referido por um dos acusados no processo das dívidas ocultas”.
A nota considera “as supostas alegações como sendo infundadas”. Aliás, refere, “o sistema de gestão, governança e compliance implementado e executado escrupulosamente pelo Conselho de Administração e toda a sua equipa de gestão executiva não permitem semelhantes abordagens. Os accionistas da MPDC são constantemente informados e acompanham a execução de todos os projectos e todos os actos envolvendo a MPDC”.
Por outro lado, “a Autoridade Marítima existe em Moçambique desde 1994, tornando-se inconcebível sobre que tipo de consultoria seria necessário para ‘estabelecer’ uma entidade já existente e cuja iniciativa, aprovação e incorporação são da alçada do Conselho de Ministros”. Por último, os accionistas “reiteram a sua plena confiança e dão total apoio tanto ao Director Executivo como a toda a gestão executiva da MPDC, na prossecução dos seus objectivos”.(Carta)