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terça-feira, 10 dezembro 2019 03:42

Malária matou 405 mil pessoas em 2018 na África Subsaariana

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a malária, o principal problema de saúde pública em Moçambique, atingiu 228 milhões de pessoas, no ano passado, tendo provocado a morte de cerca de 405 mil, principalmente na África Subsaariana.

 

Os dados constam do Relatório Mundial sobre a malária, publicado semana finda, em Genebra, na Suíça. De acordo com a ONU News, os dados revelam uma queda em relação ao número de mortes em 2017, quando cerca de 435 mil pessoas perderam a vida, devido a esta pandemia.

 

Segundo aquela publicação das Nações Unidas, 61% das grávidas e crianças, na África Subsaariana, tiveram acesso a redes tratadas com insecticida em 2018, comparado com apenas 26% registados em 2010. Sublinha ainda que a cobertura das grávidas que recebem as doses recomendadas de tratamento aumentou de 22% em 2017 para 31% no ano passado.

 

Em relação às crianças com menos de cinco anos de idade, estima-se que 72% tenham tomado o medicamento preventivo durante a época chuvosa. "Grávidas e crianças são as mais vulneráveis ​​e não serão feitos progressos sem um foco nesses dois grupos", considera o Director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em nota, citado pela ONU News.

 

Segundo a ONU News, a OMS estima que 11 milhões de grávidas foram infectadas na África Subsaariana no ano passado. Como resultado, quase 900 mil crianças nasceram abaixo do peso.

 

Para Ghebreyesus, "existem sinais encorajadores, mas a carga de sofrimento e morte é inaceitável, porque é amplamente evitável.”

 

Nos países mais atingidos, não houve melhoria na taxa global de infecções entre 2014 e 2018. O chefe da OMS afirmou que essa falta de progresso é “altamente preocupante.”

 

A falta de recursos continua sendo apontada como uma barreira. Em 2018, afirma a publicação das Nações Unidas, o financiamento para controlo e eliminação da malária atingiu cerca de 2,7 biliões de USD, muito aquém da meta de 5 biliões de USD.

 

No ano passado, a OMS e a Parceria RBM para o Fim da Malária lançaram uma iniciativa que se concentra nos países mais afectados. O plano deve ser implementado em 11 países, onde se registram 70% de todos os casos.

 

Em Novembro desse ano, a iniciativa já tinha sido lançada em nove desses países, com reduções substanciais em dois deles. Na Índia, foram registados menos 2,6 milhões casos e no Uganda menos 1,5 milhão. (ONU News)

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