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sexta-feira, 28 dezembro 2018 06:50

EN1 já está em reabilitação

As obras de melhoramento da circulação na EN1 já estão em curso nos principais troços danificados, apurou “Carta de Moçambique” de uma fonte segura do Governo. A intervenção está a ser feita de modo a que a estrada se torne transitável durante dois a três anos, nomeadamente até o Governo conseguir mobilizar fundos para uma reabilitação de raiz.

 

As obras em curso terminarão em Setembro do próximo ano. O Ministro das Obras Públicas e Habitação, João Machatine, terá sido instrumental para conseguir um acordo com as empreiteiras que se ofereceram a trabalhar a um custo bonificado. Sem muita margem negocial, devido à actual exiguidade orçamental do Governo, Machatine foi bater as portas das empreiteiras e elas anuíram. O custo global da reparação dos troços será de 30 milhões de USD. O custo comercialmente estimado seria de 60 milhões de USD, não fosse a caridade das empresas, maioritariamente chinesas.

 

Eis os troços críticos em reabilitação ao longo da EN1:

  • Pambara/Rio Save/Rio Muari: entre Inhambane e Sofala; 154 km, adjudicados a CRBC, construtora chinesa, que ergueu a ponte Maputo/Katembe e todas as estradas adjacentes ao projecto.
  • Inchope/Canda: em Sofala; 100 km adjudicados à chinesa AFECC, que está a reabilitar a Beira/Machipanda (a AFECC é co-proprietária do Glória Hotel em Maputo e do Golden Peacock na Beira).
  • Canda/Matondo: em Sofala; 160 km adjudicada a Sinohydro.
  • Matondo/Nangue: em Sofala; 35 km adjudicados a moçambicana Concity.
  • Marromeu/Cruzamento de Nangue: em Sofala; 15 km, adjudicados à moçambicana EREPIPS
  • Rio Lúrio/Metoro: em Cabo Delgado; 74 km adjudicados à Chicco, chinesa.

 

Todos os contratos para estas empreitadas foram feitos por adjudicação directa por causa do caracter urgente da obra e da necessidade de se encontrar empreiteiros dispostos a incorrerem a uma margem de lucro zero. O estado caótico da via justificava uma intervenção urgente, para evitar que a EN1 ficasse interrompida devido à precariedade da estrada, vital para a economia de Moçambique. (Carta)

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