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sexta-feira, 31 julho 2020 06:51

O “dia 1” após o Estado de Emergência

Terminou, às 23:59 horas desta quarta-feira, 29 de Julho, o Estado de Emergência, que esteve em vigor desde o passado dia 01 de Abril de 2020, decretado no contexto do combate à pandemia do novo coronavírus, que já infectou 1.808 pessoas em todo o território nacional, das quais 11 perderam a vida e 638 recuperaram da doença.

 

Nesta quinta-feira, “Carta” saiu à rua para perceber como os cidadãos se comportavam no primeiro dia, após o fim do período de excepção, tendo em conta o “silêncio” do Chefe de Estado em relação ao rumo que o país devia trilhar a partir do dia 30 de Julho.

 

Na ronda feita pela nossa reportagem, foi possível perceber que alguns cidadãos ainda cumprem com as medidas decretadas pelo Governo, durante a vigência do Estado de Emergência. Por exemplo, os transportes semi-colectivos continuavam a transportar passageiros, obedecendo o limite da lotação de cada viatura.

 

Os cidadãos, por sua vez, continuavam a usar máscaras nas paragens, supermercados e outros sítios de maior aglomeração, obedecendo também a regra do distanciamento físico. Os estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas a retalho, em particular barracas, continuavam encerradas, apesar de os seus proprietários estarem ansiosos em reabri-las. Aliás, o fim-de-semana que se avizinha é descrito como decisivo para determinar se os cidadãos continuam ou não a implementar as medidas estabelecidas pelo Governo, sobretudo no que tange ao consumo de bebidas alcoólicas na via pública.

 

Entretanto, quem aproveitou o silêncio do Chefe de Estado para regressar à “normalidade” são estabelecimentos comerciais de venda de produtos da primeira necessidade, que estiveram em funcionamento até depois das 18:00 horas. Lembre-se, durante a vigência do Estado de Emergência, estes só podiam estar abertos até às 17:00 horas.

 

Um dos comerciantes que falou à “Carta”, no bairro 25 de Junho A, disse que o proprietário orientou-lhe a não “fechar cedo”, visto que “já não é proibido”. A fonte explicou que, nos dias normais, o estabelecimento fecha às 21:00 horas, porém, nesta retomada ia fechar às 19:00 horas.

 

Referir que, nas poucas horas em que estivemos na rua, conseguimos constatar o abrandamento na circulação da Polícia que, durante a vigência do Estado de Emergência foi acusada, constantemente, de estar a violar direitos humanos. (Carta)

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