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quinta-feira, 25 fevereiro 2021 02:26

Combate à Covid-19 ganha novo ímpeto

Começa a vislumbrar-se uma luz no fundo do túnel, no concernente ao combate à Covid-19, em Moçambique. Na tarde desta quarta-feira, o Governo recebeu, da sua congénere da China, a título de donativo, o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19, produzidas pela Sinopharm (Grupo Farmacêutico Estatal chinês), de acordo com o comunicado de imprensa do Gabinete do Primeiro-Ministro.

 

No total, são 200 mil doses que, nesta primeira fase, serão administradas “aos grupos prioritários, dentre eles os profissionais da saúde”, segundo o Chefe de Estado, que fez o anúncio da chegada das vacinas logo pela manhã, na sua página pessoal do Facebook. De acordo com a Sinopharm, a vacina tem uma eficácia de 79,3%.

 

Segundo Filipe Nysui, as vacinas resultam de uma negociação pessoal, nos últimos dois meses, com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, no sentido de ter acesso às mesmas. Na sua mensagem publicada na conta pessoal do Facebook, Nyusi sublinhou estarem em curso negociações (já em fase avançada) para chegada de novas doses.

 

Para o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que dirigiu a cerimónia oficial de recepção das vacinas, trata-se, mais uma vez, de um gesto que testemunha as boas relações entre os dois países, que datam desde o período colonial.

 

As vacinas, refira-se, chegam quase um ano após o diagnóstico do primeiro caso do novo coronavírus, no país. Neste momento, Moçambique contabiliza um total de 56.920 casos positivos do vírus, dos quais 37.870 estão recuperados e 608 perderam a vida. Só nesta quarta-feira, as autoridades da saúde anunciaram a notificação de mais 325 novas infecções, a morte de mais duas pessoas e a hospitalização de outras 39.

 

Com a chegada das vacinas, inicia a contagem para o início da vacinação. O Primeiro-Ministro não avançou datas e nem o Plano Nacional de Vacinação, tendo garantido que o mesmo será oportunamente partilhado. Entretanto, “Carta” sabe que o documento prevê imunizar 20% da população. O receio de as vacinas serem colocadas no mercado negro ou mesmo serem administradas entre a elite predadora moçambicana paira na mente dos moçambicanos.

 

No entanto, nos próximos dias, tal como avançou a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), Verónica Macamo, na manhã de ontem, chegam, “dentro em breve”, mais 100 mil doses da vacina contra Covid-19, desta vez, provenientes da Índia. O imunizante indiano é produzido pelo Instituto Serum, sob licenciamento da Universidade de Oxford (britânica) e da farmacêutica AstraZeneca (sueca).

 

Já na segunda-feira, a Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe, garantiu que as primeiras doses da vacina, adquiridas pelo país através da plataforma Covax, chegam ao país nos próximos dias.

 

A plataforma internacional Covax, lembre-se, é uma iniciativa conjunta da OMS e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI) para fornecer vacinas contra a Covid-19 a países de médio e baixo rendimento, num esforço de dar acesso e distribuir vacinas em todo o mundo.

 

Enquanto isso, os Estados Unidos da América irão desembolsar 3,7 milhões de USD para apoiar a logística de vacinação contra a Covid-19, no país, tal como anunciou, esta terça-feira, a Embaixada norte-americana, em Maputo. (Carta)

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