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segunda-feira, 13 setembro 2021 07:14

ADIN garante já ter construído 800 casas para deslocados

Um ano depois do seu lançamento, a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), uma instituição pública criada com o objectivo de promover o desenvolvimento na zona norte do país, garante já ter construído 800 casas para os deslocados, a contar a partir de 31 de Agosto de 2020, data em que foi oficialmente lançada. As referidas casas estão localizadas em Marrocane, distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado.

 

A informação foi partilhada na última sexta-feira pelo Presidente do Conselho de Administração da ADIN, Armindo Ngunga, no decurso da primeira e única reunião realizada pela instituição, desde a sua criação em Março de 2020. Refira-se que, nestes 18 meses de existência, a ADIN já teve dois “timoneiros”, sendo que o primeiro foi Armando Panguene, cuja gestão foi interrompida em Abril último.

 

“A ADIN está a trabalhar na gestão de deslocados e também na reabertura das vias de acesso para os distritos isolados, como Quissanga e Macomia. Neste momento, estamos a trabalhar também na questão das populações que estão a regressar às suas zonas de origem”, disse Ngunga, fazendo um balanço positivo das actividades desenvolvidas pela instituição.

 

Entretanto, aos jornalistas, Ngunga afirmou que a ADIN “não trabalha com dinheiro”, mas sim coordena as actividades desenvolvidas por diversos parceiros. Explica que cabe à ADIN a identificação de problemas que, por sua vez, são solucionados pelos seus parceiros. Trata-se, sublinhe-se, de um método de financiamento idêntico ao usado pelos parceiros na reconstrução pós-ciclones Idai e Kenneth.

 

Segundo Ngunga, neste momento, a ADIN está a trabalhar com o PNUD, que apoia a reposição de uma ponte sobre o rio Montepuez, que liga os distritos de Metuge e Quissanga. Disse ainda que, nos próximos dias, irá trabalhar com o Banco Mundial, com vista a construção de algumas escolas, salas de aulas, vias de acesso e na recuperação de diversos documentos pessoais, perdidos pelas vítimas do terrorismo durante os ataques.

 

Para 2022, Ngunga prevê gastar pouco mais de 3.7 mil milhões de Meticais, dos quais 12% serão provenientes dos cofres do Estado e os restantes 88% serão canalizados pelos parceiros ainda por identificar e “namorar”. (Marta Afonso)

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