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quarta-feira, 24 julho 2019 13:56

A indicação de Edmundo Carlos Alberto para PGR seria um desastre – análise

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Edmundo Carlos Alberto, a esquerda de Beatriz Buchili, pode ser o próximo Procurador-Geral da República

O PR Filipe Nyusi acaba de exonerar Edmundo Carlos Alberto do cargo de Procurador-Geral adjunto da República. Só espero que não seja para nomeá-lo Procurador-Geral da República porque ele é, de facto, uma figura completamente inútil ao sector da Justiça. Nunca ninguém soube o que ele faz. Desde os tempos em que foi vice-Ministro do Interior, Carlos Alberto tornou-se mais conhecido pela sua ausência e incompetência. Aliás, nessa altura houve um episódio em que ele sonegou informação numa investigação do jornalista Carlos Cardoso sobre roubo de carros. Nessa altura, sua credibilidade foi muito afectada porque pareceu ter ficado claro que ele estava a defender os larápios. Era uma espécie de polícia protegendo ladrões.

 

 

E desde que foi para a direção do Ministério Público não se lhe conhece uma única intervenção pública digna de mérito. No fundo no fundo, ninguém sabe o que ele faz (já fez). É mais uma dessas figuras sinistras que vão olimpicamente subindo nas escadarias do sistema sem terem feito algo que merecesse.

 

Como Machatine Munguambe. Este baixou a qualidade do julgamento da Conta Geral do Estado e, pior, deixou imperar dentro da instituição um “dumba-nengue” de compra de “vistos” em contratos de fornecimento de bens e serviços ao Estado. E a corrupção foi instalar-se no centro de uma das entidades cuja missão é lutar contra ela. Em fim de mandato, Munguambe sai sem honra nem glória: há mais de um ano que o TA não consegue terminar o processo da responsabilização financeira das figuras que estiveram por detrás da autorização do calote da “dívida oculta”.

 

É este tipo de gente, infelizmente, que é apontada para assumir cargos onde se precisa de competência, coragem, energia e juventude. Edmundo Carlos Alberto é uma nulidade completa. Ninguém sabe o que ele pensa sobre criminalidade e justiça. Em vários seminários onde ele representou o Ministério Público, entrou calado e saiu mudo. Se a exoneração de Edmundo Carlos Alberto é um expediente para depois nomeá-lo PGR, estaremos completamente entregues à incompetência. Até parece que há um projecto da classe política em destruir o sector da administração da justiça, colocando na sua liderança gente que devia estar a km dela. (Marcelo Mosse)

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