E desde que foi para a direção do Ministério Público não se lhe conhece uma única intervenção pública digna de mérito. No fundo no fundo, ninguém sabe o que ele faz (já fez). É mais uma dessas figuras sinistras que vão olimpicamente subindo nas escadarias do sistema sem terem feito algo que merecesse.
Como Machatine Munguambe. Este baixou a qualidade do julgamento da Conta Geral do Estado e, pior, deixou imperar dentro da instituição um “dumba-nengue” de compra de “vistos” em contratos de fornecimento de bens e serviços ao Estado. E a corrupção foi instalar-se no centro de uma das entidades cuja missão é lutar contra ela. Em fim de mandato, Munguambe sai sem honra nem glória: há mais de um ano que o TA não consegue terminar o processo da responsabilização financeira das figuras que estiveram por detrás da autorização do calote da “dívida oculta”.
É este tipo de gente, infelizmente, que é apontada para assumir cargos onde se precisa de competência, coragem, energia e juventude. Edmundo Carlos Alberto é uma nulidade completa. Ninguém sabe o que ele pensa sobre criminalidade e justiça. Em vários seminários onde ele representou o Ministério Público, entrou calado e saiu mudo. Se a exoneração de Edmundo Carlos Alberto é um expediente para depois nomeá-lo PGR, estaremos completamente entregues à incompetência. Até parece que há um projecto da classe política em destruir o sector da administração da justiça, colocando na sua liderança gente que devia estar a km dela. (Marcelo Mosse)