Eis a armadilha em que caímos. O mercenarismo do eixo Pretoria/Harare zombou dos russos da Wagner, acusando-os de fracos. Quando se meteram a combater os terroristas por terra, em Cabo Delgado, os russos sofreram baixas. Na RAS e no Zimbabwe, isso foi motivo de chacota. E Moets! Os mercenarios africanos comentaram que o terreno em Cabo Delgado era demasiado selvagem, que não era coisa para russo. Foi um marketing negativo para a Wagner. Na verdade, eles, os que também matam legalmente por dinheiro mais não pertencem a qualquer Estado, queriam o negócio para si. E conseguiram! Quando chegaram, venderam para o mundo que o combate à insurgencia em Cabo Delgado era uma questão de semanas. Não é o que estamos a ver!
Agora, poucos meses depois, Lionel Dyck, dono do Dyck Advisory Group (DAG), o grupo de mercenários que defende nossa soberania em Cabo Delgado, diz que a guerra está longe de ser vencida; que os terroristas estão bem armados e motivados. O DAG só opera por ar com menos de 30 homens (ah sim! Porquê não fazem por terra como os russos?); e tem uma capacidade limitada de recolher informações (por isso a matança indiscriminada de civis, confundidos com rebeldes).
Mas é óbvio que toda esta ladainha é de quem veio cá para ganhar dinheiro. Quanto mais isto durar, mais mola entra nos bolsos do senhor Lionel (e de quem por cá ganha comissões e rendas), e nosso povo com suas culturas morrendo, perante um Presidente se esforçando para mobilizar umas impávidas serenas comunidades regional e internacional.
O DAG não passa de mais uma armadilha!