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Redacção

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Os residentes dos bairros e arredores de Quissanga-sede, em Cabo Delgado, afirmam que os militares destacados desde o recenseamento eleitoral ainda cultivam boas relações com a população local, contrariamente aos anteriores que eram acusados de maus tratos aos civis. 

 

Fontes disseram à "Carta" que este ambiente está a contribuir na troca de informações sobre os movimentos terroristas que fixaram pequenas bases numa região limítrofe com o posto administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, e que com frequência circulam noutras partes do Quissanga.

 

"Estes militares que temos agora não têm problema com a população, eles até dizem que se ouvirem algum movimento estranho devem nos dizer e vice-versa", contou Tima Saide, que não confirma relatos de alegada violência sexual a uma mulher que circularam há dias. 

 

"Nestes dias ainda não ouvi nada de agressão às mulheres, se houve então não sabemos, mas os militares aqui conquistaram a simpatia de todos", acrescentou Mohamed Nsilimo, outro residente.

 

Uma outra fonte apontou que um dos outros exemplos das boas relações entre a população e as forças destacadas em Quissanga é o facto de o povo ser informado até onde os pescadores devem trabalhar "lá no mar existe embarcação Moçambique, no passado não diziam onde as pessoas devem terminar para pescar, então cada embarcação era alvo".

 

Como corolário das boas relações entre os militares e a população, os residentes da aldeia Tandanhangue, em Quissanga-sede, foram aconselhados a não frequentar o extremo norte do distrito devido à presença de terroristas naquela zona.

 

Entretanto, enquanto em Quissanga se fala de relação saudável entre a população e as FDS, na vila de Macomia acontece o contrário. Alguns populares acusam as FDS de estar a raptar jovens por alegada colaboração com terroristas. O caso mais recente ocorreu na sexta-feira em que um jovem não foi localizado após ter sido capturado por membros das Forças Armadas. (Carta)

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Com o propósito de “viabilizar uma resposta devidamente sincronizada a casos de desastres e apoiar os Estados-Membros afectados”, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) criou um Centro de Operações Humanitárias e de Emergências (SHOC).

 

Segundo o relatório apresentado na Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC realizada esta segunda-feira (20), em formato virtual, mais de 61 milhões de pessoas da região estão afectadas pela seca e inundações induzidas pelo El Niño, “que se faz sentir em vários sectores, incluindo na agricultura e na segurança dos meios de subsistência, na segurança alimentar, na nutrição, na saúde, na água e na energia”.

 

“O Centro de Operações Humanitárias e de Emergências entrou em funcionamento no dia 28 de Abril deste ano, na sequência da assinatura da maioria de dois terços dos Estados-Membros”, informou João Lourenço, enquanto presidente em exercício da SADC.

 

O Chefe de Estado angolano disse, igualmente, esperar que, com esta iniciativa, a região possa estar melhor preparada para fazer face a situações de desastres a longo prazo.

 

A ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, participou na Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, sobre os impactos do fenómeno natural El Niño, em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi.

 

O Centro de Operações Humanitárias e de Emergência da SADC sediado em Nacala, Província de Nampula, é responsável pela coordenação da preparação, resposta e recuperação rápida do risco de catástrofes regionais, em apoio aos Estados-Membros afectados por catástrofes. O Centro também vai facilitar a gestão da cadeia de fornecimento de equipamentos e suprimentos que os intervenientes da SADC necessitam durante o envio de apoio humanitário aos Estados-Membros. (SADC News)

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Depois das primeiras férias escolares de 2024, as aulas não retomaram nos distritos de Macomia e Quissanga, impedindo assim o direito à educação a centenas de alunos. As escolas estão às moscas devido à ausência dos professores e respectivos alunos, em consequência dos últimos ataques terroristas.

 

"Não há aulas em todas as escolas aqui em Macomia. Todos os professores não estão, aliás, só fiquei eu e assim estou em casa, não fui à escola porque os alunos não estão e os outros professores também", confirmou um professor da EPC de Xinavane, explicando: "todos os funcionários fugiram porque os terroristas dizem que os seus alvos são militares e professores".

 

Sabite Sualeh, pai e encarregado de educação também falou da paralisação de aulas. "Não há como, muitas pessoas saíram, outras estão a ir a Mucojo, mas outras estão aqui. Mesmo as crianças não vão à escola porque os professores saíram por causa do último ataque".

 

Ao nível de Quissanga-sede, as aulas também não retomaram devido à ausência dos professores, facto que preocupa os país e encarregados de educação. Refira-se que naquelas vilas, além da paralisação do sector da educação, não estão disponíveis outros serviços públicos, incluindo os de saúde. (Carta)

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Três semanas depois do início da greve dos Profissionais de Saúde, já foram contabilizados cerca de 1000 óbitos, por conta do cenário actual. Os dados foram avançados pela respectiva Associação, na última actualização sobre o impacto da greve.

 

"Neste momento, por falta de atendimento nas unidades sanitárias, 1000 pessoas perderam a vida nos hospitais. Em condições normais, os hospitais não chegam a registar tantas mortes", disse o Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave.

 

"Pedimos que o Governo considere cada utente como uma parte de nós. A saúde está a ser negligenciada por um sistema que não consegue resolver os problemas trazidos à luz pelos profissionais de saúde.  Por isso, vamos continuar a ficar em casa, mesmo com as ameaças”, frisou Muchave.

 

Falando à imprensa nesta segunda-feira (20), Anselmo Muchave reiterou que os Profissionais de Saúde exigem reenquadramento definitivo. "Todos os dias somos seviciados e o nosso direito à reivindicação é violado, através da entrega de guias sem fundamento e sem seguir o protocolo".

 

Os profissionais de Saúde insistem que não é possível atender aos pacientes sem luvas e sem álcool para desinfectar.

 

"Excelências, se acham que estamos a exagerar nas nossas reivindicações, então dê-nos a fórmula para fabricarmos os medicamentos constantes nas listas nacionais de medicamentos que há muito já não recebemos nas unidades sanitárias, incluindo paracetamol", sentenciou.

 

Entre outras reivindicações, os Profissionais da saúde exigem o pagamento de horas extras, a disponibilidade de medicamentos, o enquadramento na Tabela Salarial Única, condições de trabalho nas unidades sanitárias e uniforme de trabalho. (M.A)

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A Autoridade Reguladora da Concorrência de Moçambique (ARC) lançou semana finda, em Maputo, o Guia de Boas Práticas: Combate ao Conluio na Contratação Pública, que contém orientações em matérias da concorrência, destinadas às partes envolvidas nos processos de contratação pública. O lançamento do instrumento foi testemunhado pelo Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, durante a XIX Conferência Anual do Sector Privado (CASP).

 

O Guia de Boas Práticas: Combate ao Conluio na Contratação Pública é um documento que visa dotar as partes envolvidas nos processos de contratação pública de conhecimento em matéria de concorrência, pelo que aborda preocupações anti-concorrenciais decorrentes do processo de contratação pública (procurement) e apresenta opções pró-concorrenciais que podem ser usadas para reflectir sobre as melhores práticas.

 

Para o Presidente do Conselho de Administração da ARC, Iacumba Aiuba, com esta acção de advocacia, pretende-se contribuir para a promoção da sã concorrência na contratação pública em benefício dos consumidores e das partes envolvidas, porquanto, o conluio na contratação pública leva a condições menos favoráveis para o Estado, que se traduzem em preços mais altos, menos opções de escolha, qualidade inferior de bens e serviços e desincentiva a inovação.

 

Segundo Aiuba, o instrumento irá contribuir para a sã concorrência na contratação pública promovendo maior inclusão das micro, pequenas e médias empresas na economia e a criação de mais empregos.

 

Sobre este instrumento, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, referiu que vai contribuir para a criação dum ambiente harmonioso e favorável, para que todos os actores possam desempenhar o seu papel em igualdade de circunstâncias nos vários sectores da economia no contexto da contratação pública.

 

Na ocasião, o governante que procedia ao encerramento da conferência de três dias enalteceu a assinatura dos memorandos entre a Confederação das Associações Económicas (CTA) e Graduate Applications International Network (GAIN), MCNet e Associação Nacional dos Municípios.

 

“O primeiro permitiu o lançamento de uma linha de financiamento orçada em 11,5 milhões de dólares norte-americanos destinada a financiar por empréstimo as Pequenas e Médias Empresas (PME), que forneçam alimentos seguros e nutritivos que vão permitir dar resposta ao combate da desnutrição no nosso país”, explicou Carlos Mesquita.

 

O segundo memorando, conforme sustentou aquele dirigente, tem por objectivo apoiar a implementação do sistema de gestão das receitas dos municípios, com o fim de assegurar a sustentabilidade dos mesmos.

 

Num outro desenvolvimento, o ministro disse acreditar que os dois dias de apresentações bem estruturadas e debates profundos constituíram uma oportunidade para maior interação entre empresários e o Governo, momentos também marcantes para a troca de experiências e de conhecimento com vista à melhoria do desempenho corporativo e institucional.

 

O Governo está ciente que deve continuar focado na implementação de esforços para a contínua realização de reformas do quadro legal e institucional, dado que em alguns aspectos ainda se sente um vazio legal, criado com o término do Plano de Acção para a Melhoria do Ambiente de Negócios (PAMAN) em 2021”, concluiu Carlos Mesquita. (Carta)

Ao fim de 19 anos, antigos funcionários do extinto Banco Popular de Desenvolvimento (Gestores, Técnicos e Trabalhadores) receberam, finalmente, os seus primeiros dividendos, resultantes da compra de 20% do capital social do também extinto Banco Austral.

 

O valor, que devia alegrar aquele grupo de sócios do actual Absa Bank Moçambique, que investiu parte das suas reservas em prol de um futuro melhor, está a causar muita preocupação no seio dos antigos trabalhadores do BPD. Em causa está o facto de os dividendos pagos, em Março e Abril últimos, serem inferiores, em grande parte dos trabalhadores, a 5.000,00 MT (cinco mil meticais). Aliás, há trabalhadores cujo valor é inferior a 2.500,00 MT (dois mil e quinhentos meticais).

 

O pior, diz o grupo, é não haver informações acerca do valor. Apenas foram comunicados que o Absa ia pagar os dividendos este ano e que deviam regularizar a sua situação, nos casos em que estes não tinham a situação regularizada. Também foram comunicados que a União (agremiação que representa os interesses dos ex-trabalhadores do BPD junto do banco) ia reter, na fonte, um valor de 2,50 MT (dois meticais e cinquenta centavos) por cada acção detida no Absa Bank para o pagamento de serviços administrativos.

 

Os ex-funcionários do BPD dizem não saber porquê o valor não foi pago nos anos anteriores; por que razão a quantia paga é inferior a 5.000,00 MT; e muito menos a forma como o bolo foi dividido entre os accionistas, isto é, o valor pago por cada acção.

 

A escritura pública de aquisição de 20% do capital social do Banco Austral pelos trabalhadores do antigo BPD foi assinada a 28 de Fevereiro de 2005, após 10 anos de negociações. Na altura, Teodoro Waty, então Presidente do Conselho de Administração da União – Sociedade de Gestão e Participações, SARL disse, em carta dirigida ao grupo, que o investimento representava uma “larga visão do futuro”, solicitando aos accionistas a pagar, individualmente, a parte que lhe cabia na estrutura accionista.

 

“Carta” contactou a administração da União – Sociedade de Gestão e Participações, SARL para obter respostas que inquietam os seus membros. Em carta enviada ao nosso jornal, o PCA da União, Alfredo Chilaule, afirma que questões sobre o pagamento de dividendos aos antigos trabalhadores do BPD devem ser encaminhadas ao Absa Bank Mozambique e que não teve quaisquer papéis no processo de pagamento deste valor, visto que “a decisão de pagar os dividendos aos accionistas do Absa Bank Mozambique é tomada em Assembleia-Geral daquela instituição, limitando, desta forma, qualquer espaço para negociação fora do órgão”.

 

A fonte diz ser da responsabilidade da agremiação “auxiliar os GTT´s [Gestores, Técnicos e Trabalhadores do BPD] na tramitação administrativa do processo de acções adstritas aos accionistas minoritários junto aos órgãos competentes, como IGEPE, Direcção Nacional do Património do Estado e Absa Bank Moçambique”.

 

Por sua vez, o Absa explica que a decisão de pagar os dividendos aos accionistas foi tomada em sede da Assembleia-Geral e resulta da “sólida performance do Banco ao longo dos últimos anos, marcada por uma constante melhoria da sua posição de liquidez e capital”.

 

De acordo com o Banco, os dividendos pagos são referentes aos exercícios económicos de 2022 e 2023, no valor total de 511.348.063,53 Meticais e 811.347.060,84 Meticais, respectivamente, e correspondem a 50% do lucro líquido do banco de cada ano económico.

 

O Relatório e Contas de 2023, consultado pela “Carta”, indica que o Absa Bank Moçambique teve um resultado líquido de 1.622.694 mil Meticais, enquanto em 2022 obteve um lucro de 1.022.695 mil Meticais.

 

À “Carta”, o Absa defendeu que os trabalhadores ainda não haviam recebido qualquer dividendo porque o banco não se encontrava saudável. Os Relatórios e Contas consultados pela nossa reportagem mostram que, entre 2019 e 2021, o banco obteve lucros inferiores a mil milhões de Meticais, no entanto, em 2018, obteve um lucro superior a 1.3 mil milhões de Meticais, um valor superior ao de 2022, porém, nada foi pago aos accionistas.

 

De acordo com os dados fornecidos ao nosso jornal, o Absa Bank Moçambique conta com 1.248 accionistas, sendo o Absa Group Limited (de origem sul-africana), o principal detentor de acções, com 98.68% do capital do Banco. Ou seja, os trabalhadores do antigo BPD detêm apenas 1,32% das acções do Absa Bank Moçambique. (A. Maolela)

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• Campeão nacional passa a receber prémio de MT 7.500.000, contra os anteriores 600.000;

• Vice-campeão e terceiro classificado recebem respectivamente MT 3.000.000 e 1.500.000;

• Jogadores, guarda-redes e árbitros passam também a receber prémios financeiros atractivos em várias fases do campeonato;

• HCB diz que, sendo uma empresa-chave para o País, tem a responsabilidade de edificar os sectores que demandam incentivos

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) anunciou hoje um pacote de patrocínio histórico ao Moçambola – principal campeonato de futebol em Moçambique -, que inclui o aumento do prémio financeiro para os três primeiros classificados e a institucionalização de prémios atractivos para os jogadores, guarda-redes, árbitros e jornalistas da imprensa escrita, radiofónica, televisiva e digital.

Os principais prémios são os seguintes (valores em meticais):

• Campeão Nacional – (7.500.000)

• Vice-Campeão Nacional – (3.000.000)

• Terceiro Classificado – (1.500.000)

• Onze Ideal – (330.000)

• Bola de Ouro – (500.000)

• Bola de Prata – (250.000)

• Bola de Bronze – (250.000)

• Bota de Ouro – (450.000)

• Bota de Prata – (200.000)

• Bota de Bronze – (100.000)

• Luva de Ouro – (350.000)

• Luva de Prata – (150.000)

• Luva de Bronze – (100.000)

• Apito de Ouro – (250.000)

• Apito de Prata – (130.000)

• Apito de Bronze – (100.000)

• Melhor Jogador da Primeira Volta – (100.000)

• Melhor Marcador da Primeira Volta – (100.000)

• Melhor Guarda-Redes da Primeira Volta – (1000.000)

• Melhor Treinador da Primeira Volta – (100.000)

• Melhor Árbitro da Primeira Volta – (100.000)

Na conferência de imprensa de anúncio da nova tabela de prémios do Moçambola, organizada pela HCB e a Liga Moçambicana de Futebol, Mariano Quinze, Director de Comunicação da empresa, disse que a hidroeléctrica tem, no âmbito das acções de responsabilidade social, um forte compromisso com o desenvolvimento do desporto nacional, que se reflecte no apoio às diversas modalidades – futebol, atletismo, natação, boxe, judo, canoagem e vela.

Lembrou que a HCB é desde 2010 um dos principais patrocinadores do Moçambola, pois tem a responsabilidade de ir além da sua esfera de actuação, participando na edificação e vitalidade de sectores que demandam incentivos, como o desporto e a cultura.

“O nosso objectivo é aumentar a competitividade do campeonato, devolver o amor próprio aos protagonistas em campo, prestigiar e estabilizar o curso da principal liga do país e aumentar a visibilidade e o envolvimento dos adeptos e criar oportunidade de crescimento e desenvolvimento”, disse.

Para a Liga Moçambicana de Futebol, a injecção da HCB vai colocar o Moçambola na categoria dos campeonatos internacionais, além de torná-lo mais dinâmico e competitivo.

Além do pacote de premiação aos clubes, atletas e jornalistas, a HCB vai manter o financiamento de MT 7.500.000 concedidos à Liga Moçambicana de Futebol para despesas operacionais.

Refira-se que o Moçambola atravessava recorrentemente dificuldades financeiras, o que afectava a credibilidade do campeonato e obrigava o Governo a intervir.

 

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Christian Malanga, um congolês que vivia no exílio, citado como líder da tentativa de golpe de Estado na República Democrática de Congo (RDC), tinha negócios em Moçambique, ligados à actividade mineira. 

 

E relações com Alberto Chipande, um destacado membro da Frelimo (veterano de guerra), partido no poder deste a independencia de Moçambique em 1975. Malanga foi recebido por Chipande em casa em data não estabelecida, numa visita que visava receber conselhos em matéria de segurança.

 

A seguir ao encontro, ele postou, no seu perfil no Facebook, um texto com vídeo, onde exprime sua honra pela recepção.

 

Foi a 10 de Setembro de 2023, uns 7 meses atrás: 

 

“Foi uma honra discutir com o revolucionário e fundador de #Moçambique, General Alberto Joaquim #Chipande. As semelhanças que Cabo Delgado e o Leste do Congo enfrentam actualmente são muito semelhantes. Agradeço à liderança de Moçambique por aconselhar o #NewZaire na reforma da segurança. #Eyebana Toza ya Nzambe #newzaire”. 

 

No vídeo, vê-se um Chipande embrenhado numa aura paternal, dizendo para Malanga qualquer coisa como “nós já deixamos as matanças, agora fazemos negócios”. Na tarde de hoje, tentamos em vão obter uma reação da família Chipande à morte de Malanga, depois do que analistas apelidam como tendo sido uma "inventona" golpista. 

 

Christian Malanga detinha interesses empresariais em Moçambique. Ele era sócio da Bantu Mining Campany, uma empresa envolvida em actividade mineira, criada em Julho de 2022. Foi identificado como congolês no acto de registo de empresa em Moçambique, detinha 33,3% da empresa da Bantu, contra 33,4% de Cole Ducey, americano, e 33,3% de Benjamim Polun, também americano.

 

No entanto, quatro meses depois, os três accionistas decidiram mudar a estrutura, tendo Cole Ducey passado a controlar 99,72%, contra 0,14% de Malanga e igual porção para Polun. A empresa dedica-se a pesquisa e exploração mineira, compra e venda de minérios.

 

Os três registaram também a Global Solutions Moçambique, onde Malanga controlava 55%, contra 45% de Polun. A firma registada em Chimoio, província de Manica, em Setembro de 2022, actua na área de mineração, construção civil, segurança, educação e saúde.

 

Em Abril de 2022, Malanga, Polun e Ducey abriram a CCB Mining Solutions, onde cada um controlava 33,33% das acções, também envolvida em actividade mineira.  

 

Nascido em 1983 na então República do Zaire, Malanga cresceu em Ngaba, em Kinshasa, e morou na África do Sul e na Suazilândia antes de se estabelecer nos Estados Unidos.

 

As últimas informações da agência Reuters dão conta de que o  líder da tentativa de golpe no domingo na República Democrática do Congo (RDC) foi morto e cerca de 50 pessoas, incluindo três cidadãos norte-americanos, foram presos. O tiroteio começou por volta das 4 horas da manhã na capital Kinshasa, disse um repórter da Reuters. Homens armados atacaram a presidência no centro da cidade, segundo o porta-voz Sylvain Ekenge.

 

Outro ataque ocorreu na casa próxima de Vital Kamerhe, um membro do parlamento que é apontado para se tornar presidente, disseram o porta-voz de Kamerhe, Michel Moto Muhima, e o embaixador japonês em postagens no X.

 

Moto Muhima disse que dois guardas e um agressor foram mortos no incidente. Ekenge também disse que um agressor foi morto lá.

 

Um projéctil disparado de Kinshasa atingiu a cidade de Brazzaville, na vizinha República do Congo, ferindo várias pessoas, informou o governo  num comunicado, acrescentando que uma pessoa foi hospitalizada. Uma página do Facebook que parece pertencer a Malanga publicou um vídeo transmitido ao vivo do que parecia ser o ataque.

 

"Nós, os militantes, estamos cansados. Não podemos continuar com Tshisekedi e Kamerhe, eles fizeram muitas coisas estúpidas neste país", disse Malanga em Lingala no vídeo, que não foi verificado de forma independente pela Reuters.

 

A embaixadora dos EUA, Lucy Tamlyn, disse numa publicação nas redes sociais que estava “muito preocupada” com relatos de que cidadãos americanos teriam estado envolvidos nos eventos.

 

"Tenham a certeza de que cooperaremos ao máximo com as autoridades da RDC enquanto investigam estes actos criminosos e responsabilizam qualquer cidadão dos EUA envolvido em actos criminosos", disse ela. A embaixada dos EUA já havia emitido um alerta de segurança sobre "actividades contínuas de elementos de segurança da RDC" e relatos de tiros na área.

 

A missão de estabilização das Nações Unidas na RDC disse que a sua chefe, Bintou Keita, condenou os incidentes nos termos mais veementes e ofereceu o seu apoio às autoridades congolesas numa publicação no X. Tshisekedi foi reeleito para um segundo mandato como presidente em Dezembro, mas ainda não nomeou um governo. (Carta/Reuters)

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Mais de 500 cidadãos, na sua maioria pertencentes a diferentes organizações de sociedade civil, marcharam no último sábado, na cidade de Maputo, em repúdio às novas tarifas da internet praticadas actualmente pelas operadoras de telefonia móvel moçambicanas.

 

Exibindo cartazes com mensagens de crítica ao Governo e ao Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), vários jovens gritavam exigindo o retorno das tarifas anteriores bonificadas. Frases como abaixo os preços absurdos de internet, voz e sms, era possível ler em diferentes cartazes.

 

Durante a marcha, chamou-nos atenção o facto de alguns jovens portarem consigo um caixão que, segundo apuramos, levava os sonhos dos moçambicanos para enterrar no INCM.

 

Uma das activistas que liderava a marcha, Quitéria Guirengane, disse na ocasião que a internet ficou mais cara para o bolso dos moçambicanos e isto é sentido sobretudo pelos estudantes e outros profissionais que usam estes serviços regularmente para as suas actividades diárias. “Acredito que este aumento do preço da internet recai ainda sobre os pais e encarregados de educação que, muitas vezes, é que devem custear as despesas de estudo dos seus filhos ou educandos”, frisou.

 

Na ocasião, Guirengane esclareceu: “estamos a marchar para exigir a revogação total da resolução que aprova as novas tarifas, que são completamente imorais, desumanas, anti-concorrenciais, insustentáveis e que violam os nossos direitos fundamentais do cidadão, muito mais o direito à informação, educação, consagrados na Constituição da República”.

 

Os cidadãos marchavam ainda reafirmando que o polícia (aquele que podia tentar impedir a greve) também tem problemas de megas e exigiam a demissão do Presidente do Conselho de Administração do INCM, por este não estar a ir de encontro com aquilo que são os desejos do cidadão.

 

O grupo exigia também uma resposta favorável do Ministro dos Transportes e Comunicações por não estar a ter autoridade suficiente para resolver o problema.

 

“Nós podemos estar a olhar para internet como uma coisa banal, mas este é um meio ou canal para o cidadão levar a vida de maneira mais fácil no tratamento de assuntos importantes. Nem todos os moçambicanos tinham o poder de comprar internet em tempos atrás, imaginemos agora com estas tarifas. Como um pai pode continuar a garantir a internet para dois ou três filhos, tendo ainda que pagar outras despesas. Eu acredito que a subida de internet é uma forma que os políticos encontraram de “calar o povo moçambicano”, principalmente porque não foi uma proposta das próprias operadoras.

 

Lembrar que as novas tarifas mínimas de voz, mensagens e dados implementadas pelas três operadoras foram publicadas pelo INCM através de uma resolução de 19 de Fevereiro e entraram em vigor no dia 04 de Maio e desde a sua implementação estão a receber contestações de diversas partes. (M.A)

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O Governo aprovou, durante o ano de 2023, um conjunto de 277 projectos de novos investimentos, avaliados em 5.3 mil milhões de USD, tendo criado mais de 30 mil empregos para cidadãos moçambicanos em todo o país.

 

Os dados foram partilhados pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, durante a XIX Conferência Anual do Sector Privado (CASP) ocorrida na semana finda, na Cidade de Maputo.

 

Numa perspectiva comparativa, em 2022 foram aprovados 211 projectos avaliados em 4.8 mil milhões de USD, que criaram 16 mil empregos, o que significa que houve um crescimento assinalável em 2023, de 66 projectos, 500 milhões de USD em investimento e mais de 15 mil empregos.

 

“Como podemos ver, nesses números, a economia está efectivamente a crescer do ponto de vista de investimento e de criação de trabalho. Além disso, os dados mostram que o país continua apetecível no âmbito das medidas de aceleração económica”, explicou Moreno.

 

Segundo o Ministro, grande parte dos projectos e investimentos em 2023 foi aplicada na província de Inhambane, para o sector de hotelaria e turismo (41% de investimento total), seguido pelo sector industrial (21%) e serviços cujos investimentos se situaram em 15.7%. Depois de Inhambane, o governante disse que os investimentos foram mais destinados à Maputo Cidade e Província.

 

“Sob ponto de vista de industrialização, a província de Nampula foi a que teve mais investimento nessa área, concretamente na zona de Nacala, com o nascimento de uma zona industrial ligada ao Porto”, acrescentou Moreno.

 

Quanto à proveniência dos investimentos, o Ministro destacou as Maurícias, China, Estados Unidos da América, Namíbia e Índia. “Esperamos em 2024 que os investimentos cresçam ainda mais, com a aprovação de uma nova Lei de Investimento aliada a vários outros incentivos no âmbito da implementação das 20 medidas de aceleração económica”, concluiu Moreno. (Evaristo Chilingue)

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