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segunda-feira, 30 maio 2022 07:40

Aliança para a Revolução Verde em África (AGRA) dá nota positiva ao programa Sustenta

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O anúncio foi feito na última sexta-feira, em Maputo, pelo antigo presidente da Tanzânia e membro do Conselho de Administração da AGRA, Jakaya Kikwete. Kikwete esteve de visita a Moçambique para inteirar-se da implementação das actividades da organização no país, em particular na província de Manica. Em Manica, Kikwete trabalhou nos distritos de Gondola e Vanduzi.

 

O ex-presidente da Tanzânia indicou que a sua organização trabalha em vários países, mas olha para o Sustenta como referência pelo facto de ter como grupo-alvo a transformação dos pequenos agricultores, assinalando que é preciso encontrar sinergias para trabalhar com o governo de Moçambique. “Não é fácil, mas o importante é a visão para transformar o sector agrícola em Moçambique e prometemos que estaremos aqui trabalhando com o governo de Moçambique para transformar os pequenos produtores”, disse Kikwete.

 

Anunciou igualmente que a AGRA formou, nos últimos anos, 600 cientistas, dos quais dez por cento de Moçambique.

 

Desde 2006, a AGRA vem desenvolvendo programas de agricultura no sector familiar com o objectivo de aumentar a produção com o uso de sementes melhoradas. Neste contexto, disse Kikwete, 60 moçambicanos foram formados em matéria de melhoramento de sementes, mapeamento de solos e produção de fertilizantes.

 

Kikwete disse que o objectivo é garantir que os pequenos agricultores possam produzir o suficiente para combater a fome e reduzir a pobreza. A AGRA apoia cerca de 800.000 produtores em Moçambique e investiu mais de 16 milhões de dólares nos últimos cinco anos. Esta organização foi criada em 2006 pelo falecido Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que morreu em 2018 aos 80 anos.

 

A AGRA visa galvanizar os líderes africanos a garantir a segurança alimentar para todos no continente e a transformar África de importador de alimentos em exportador, de um continente dependente de ajuda externa para um que se pode alimentar e se sustentar com agricultura no centro de desenvolvimento económico.

 

Na ocasião, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, disse que, não obstante alguns desafios, Moçambique registou, no primeiro trimestre, um aumento do volume de exportações, principalmente de oleaginosas.

 

Celso Correia falava depois do encontro que manteve com o antigo Presidente da Tanzânia e membro do Conselho de Administração da Aliança para a Revolução Verde em África (AGRA), Jakaya Kikwete.

 

“Sair da semente de grão para a semente certificada que traz a transformação e rendimento familiar e, consequentemente, a erradicação da pobreza das famílias, tendo em conta que o principal objectivo do Sustenta e de outras políticas é a transformação tecnológica”, disse o ministro Correia.

 

Referiu ainda que Moçambique está a desenvolver a sua estratégia, o plano estratégico de desenvolvimento do sector agrário que deverá ser lançado este ano e a AGRA tem estado a trabalhar com o país nesse sentido. Eles estiveram no terreno deram os seus subsídios, naquilo que nós chamamos crítica positiva para podermos melhorar. (Carta)

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