Partindo do reconhecimento desses aspectos, Filipe Nyusi afirmou que a visão do Governo para que a exploração dos recursos beneficie a todos moçambicanos consiste na implementação de três mecanismos.
Como primeiro mecanismo referiu-se à poupança, para que nem tudo o que for extraído seja gasto. O segundo mecanismo, na opinião do PR, é a definição de uma proporção das receitas que serão canalizadas anualmente ao Orçamento do Estado, destacando-se o suprimento do défice de infra-estruturas e aplicação do financiamento em áreas sociais.
Por fim, como terceiro mecanismo, o PR falou da adopção de uma estratégia induzida para a diversificação da economia nacional, com destaque para o aprofundamento do sector agrícola. “Com um mecanismo de poupança bem estruturado e padrões de gestão e governação modernos podemos transformar os ganhos decorrentes da exploração de recursos não renováveis em geração de recursos renováveis, que irão beneficiar de forma perpétua a nossa geração e as gerações futuras”, disse Filipe Nyusi.
Adiantou que a poupança “funcionará como um amortecedor na estrutura das nossas receitas nos momentos em que os preços do gás no mercado internacional estiverem em baixa, e quando esses recursos esgotarem no subsolo”.
Por último, Nyusi afirmou que um dos modelos de sucesso na gestão das receitas provenientes dos recursos naturais é a criação de um Fundo Soberano, já em funcionamento em várias regiões geográficas do mundo. A criação de um Fundo Soberano em Moçambique foi o que motivou a realização do seminário, organizado pelo Banco de Moçambique, com apoio do Fundo Monetário Internacional. (Evaristo Chilingue)