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BCI
quarta-feira, 17 julho 2019 06:56

Tarifas no mercado doméstico: João Abreu defende a retirada de “gorduras” para a sua redução

Mesmo com a entrada de novas companhias aéreas no mercado doméstico, o transporte aéreo continua caro para cidadãos moçambicanos, por isso o Governo defende a aplicação de tarifas competitivas.

 

Embora o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), João de Abreu, entenda que os altos preços estejam relacionados com os custos de operação, defende que as companhias que operam no mercado doméstico devem baixar os preços para que o transporte aéreo seja mais acessível para a maioria dos cidadãos.

 

 

Em entrevista à “Carta”, à margem da Conferência Internacional de Transporte Aéreo, Turismo e Carga (CITA), que termina esta quarta-feira, referiu: “as companhias têm de retirar muitas gorduras para que o preço do bilhete seja baixo”.

 

Segundo De Abreu, há uma fórmula para o cálculo de tarifas e, exemplificando, afirmou que uma viagem de Maputo a Beira (ida e volta) custaria em média 60 USD, um valor (que de acordo com o câmbio do dia, corresponde a 3660 Mts) muito abaixo do praticado pelas companhias que actualmente operam no país.

 

“Se não retiram as gorduras, ou não façam o tamanho certo para poderem baixar os preços, vai ser um bocado complicado e essas companhias que não tiverem a capacidade de o fazer vão ser penalizadas”, acrescentou a fonte.

 

A penalização, prosseguiu o PCA do IACM, consistirá em “alguém aparecer a dar preços competitivos e as pessoas vão voar nessas companhias, porque todas as três companhias que estão aqui não praticam preços iguais”.

 

Se a solução reside em novas companhias que venham praticar novos e baixos preços, depreende-se que o transporte aéreo ainda vai continuar caro até pelo menos 2022, o ano em que o IACM vai lançar novo concurso (visto que conforme a legislação devem ser de cinco em cinco anos) para admitir novas operadoras ao país. (Evaristo Chilingue)

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