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quinta-feira, 28 novembro 2019 06:27

Total e Gigajoule assinam acordo para importação de LNG para consumo e geração de energia

 Da esquerda para direita está Bruno Morgado (MGC), Philip Olovier ( Total) e Johan de Vos (Gigagoule)

A operadora de infra-estruturas de gás natural na região da África Austral, Gigajoule e a petrolífera francesa Total rubricaram, esta quarta-feira (27), em Maputo, um acordo de desenvolvimento conjunto para a importação anual de 200 milhões de Toneladas Métricas (TM) de Gás Natural Liquefeito (LNG, sigla em Inglês), para o consumo e geração de energia eléctrica (para o país e a região), a partir da Central Térmica de Beluluane, em projecção.

 

A ser fornecido pela Total, o GNL provirá de diferentes pontos do mundo, será descarregado no Porto da Matola numa unidade flutuante de armazenamento e regaseificação que será ancorada permanentemente nos próximos meses.

 

 

Informações colhidas no local avançam que, a partir daquele terminal, será construído um gasoduto até à nova central de geração de energia eléctrica de 2.000 Megawatts, localizada no Parque Industrial de Beluluane e, através da infra-estrutura da Matola Gas Company (sócia da Gigajoule), irá distribuir-se ao mercado da região África Austral.

 

Na ocasião apuramos ainda que, a rede de gasodutos, infra-estrutura do porto e a ligação à rede de gasodutos na região através da infra-estrutura existente de gás da MGC, irá custar cerca de 350 Milhões de USD.

 

O custo total da central eléctrica de 2000 Megawatts, que será construída em fases de acordo com o crescimento das necessidades do mercado energético, será de cerca de 2.8 mil milhões de USD. A primeira fase da central irá arrancar com 500 Megawatts em meados de 2022.

 

Falando à margem da assinatura do memorando, o administrador delegado da Matola Gás Campany (MGC), Bruno Morgado, destacou que a disponibilidade daquela nova fonte de gás natural e energia irá estimular o crescimento económico em Moçambique e na região.

 

“O principal benefício do projecto é de facto a disponibilidade de gás para a indústria, visto que os campos de Pande e Temane vão começar a decair de forma acelerada. Assim, o fim de jazigos vai necessitar que haja reposição até que os projectos de exploração de GNL na Bacia do Rovuma comecem a produzir”, explicou.

 

“Isso vai permitir uma entrada de impostos para o país de um bilião de USD anuais”, acrescentou Morgado. Refira-se que, para além da Gigajoule, Total e MGC são também parceiros do projecto a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e a Electricidade de Moçambique. (Evaristo Chilingue)

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