Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
terça-feira, 18 dezembro 2018 09:32

A Ethiopian Mozambique Airlines se explica

Redi Yesuf Muktar, o CEO da EMA, aceitou conversar com a “Carta”, por escrito, sobre os planos da companhia em Moçambique. Duas avarias recentes em seus dois aparelhos, levantou na opinião pública uma questão: estava a EMA preparada para iniciar suas operações em Moçambique? Redi Yesuf diz que “sim” e explica o que é que a EMA está a fazer para contornar o recente golpe das avarias. A resposta foi imediata. Ontem chegaram a Maputo duas aeronaves. A entrevista foi feita por escrito. Ei-la:

 

Qual é a estratégia da EMA para dominar o mercado moçambicano?

Não temos intenção ou objetivo de dominar o mercado de Moçambique. O objetivo principal da EMA é fornecer conectividade aérea de padrão global, segura, confiável, competitiva e que satisfaça o cliente.

 

A EMA começou com 2 Bombardiers Q400. Vai introduzir mais aeronaves?

Sim, traremos outras aeronaves com base na demanda do mercado. Para este efeito, um Boeing B738 com 16 assentos em classe executiva e 138 em classe económica, e um Q400 irão juntar-se à nossa frota no dia 18 de Dezembro de 2018 (hoje).

 

A EMA pretende abrir um ponto de venda no terminal doméstico do Maputo?

Sim, queremos ser fácil e convenientemente acessíveis aos nossos clientes.

 

Qual foi o motivo da avaria em Tete?

Foi uma avaria técnica normal e por precaução tivemos de alterar uma componente para  observação. Infelizmente, o processo demorou mais tempo e pedimos desculpas aos nossos clientes pelo inconveniente causado pelo longo atraso.

 

Por que é a EMA voa com o código de vendas da ET?

A EMA é uma subsidiária integral da ET. A EMA vai usar o código ET até obter o seu próprio código IATA, o que geralmente leva algum tempo.

 

Não foi definido um código de vendas da EMA para aprovação local?

Este processo foi iniciado em todos os níveis das autoridades reguladoras nacionais e internacionais.

 

Quantos trabalhadores locais a EMA possui?

Atualmente temos 8 trabalhadores locais que já se juntaram à equipa. Há mais pessoas em fase de recrutamento. Já recrutámos 62 candidatos à tripulação de cabine. Estamos a finalizar os procedimentos para viajar para a Addis para um treino formal na nossa academia de aviação de padrão global. As vagas de trabalho também estão em andamento para os pilotos e técnicos de voo das aeronaves.

 

Por que vocês descartaram Nacala?

Nós não descartamos. Acabamos de começar a operar e estamos estudando o mercado e ainda vamos definir os hubs domésticos e regionais.

 

Porque é que a EMA não possui diretores de segurança, operações, manutenção e qualidade?

A EMA possui todos os diretores necessários e os conhecimentos necessários para atender a todos os requisitos regulamentares nacionais e internacionais.

 

A EMA já possui um hangar?

A EMA não precisa de um hangar, principalmente porque sua manutenção é totalmente terceirizada para a ET e o titular do contrato de manutenção (ET) pode usar o hangar que seja adequado para a tarefa.

 

Quem faz o handling da EMA?

Atualmente, a EMA está a usar o handling de três empresas em diferentes aeroportos, nomeadamente a MHS, a Mozjet e a Base.

 

O facto de estarem as fazer as vendas com o código ET revela que todos os pagamentos feitos vão para IATA e depois para as contas da ET, o que significa que nada entra no sector financeiro de Moçambique?

As vendas e despesas estão em Moçambique, de qualquer forma.

 

Por que a EMA não tem um acordo com hotéis ou autocarros?

A EMA já tem acordos com hotéis como o Southern Sun e alguns em Pemba, Nampula, Beira estão em fase de negociação. (Carta)

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