A companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, Emirates Airlines, já não vai iniciar voos directos para Moçambique, em Junho corrente, devido às medidas de Estado de Emergência observadas no país para a contenção da propagação do novo coronavírus (Covid-19).
A informação foi confirmada à “Carta”, semana finda, pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), João De Abreu. De Abreu lembrou que a companhia tem o estudo de viabilidade já feito e determinara Junho em curso para iniciar voos para o país, mas devido à limitação de circulação de pessoas por via aérea, encerramento parcial dos aeroportos nacionais e suspensão de emissão de vistos, no âmbito das medidas de prevenção da Covid-19, não poderá começar a voar para o mercado nacional.
“A Emirates manifestou a intenção de querer voar a partir de Junho corrente, mas estou certo de que não irá porque nem poderá, pois, nós continuamos a observar as medidas de Estado de Emergência e uma delas é a suspensão e a não emissão de vistos”, afirmou o PCA do IACM.
De Abreu sublinhou que enquanto vigorarem as actuais medidas de Estado de Emergência para o sector nem a Emirates nem outra companhia terá permissão para voar no país. “Portanto, esta pergunta [sobre quando a companhia irá iniciar voos para Moçambique] poderá ser colocada quando estas medidas forem relaxadas, melhoradas ou suspensas”, concluiu a fonte.
O anúncio do início de voos da Emirates Airlines para Moçambique foi feito em finais de Janeiro passado, pelo PCA do IACM, durante uma visita à instituição, do Ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai.
O plano da Emirates, uma das maiores e principais companhias do mundo, consiste em fazer voos, a partir de Dubai, sede da empresa, escalando Maputo, com destino a Gaberone, no Botswana. (Evaristo Chilingue)