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BCI
segunda-feira, 10 junho 2019 07:56

Causando prejuízos na ordem de mais de um milhão de meticais: Cliente da ADeM abastecia lagoa artificial com ligação clandestina de água

Um cliente da empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) abasteceu clandestinamente, durante seis meses consecutivos, uma lagoa artificial, localizada num campo de cultivo, no bairro Patrice Lumumba, no município da Matola, província de Maputo, causando um prejuízo no valor de mais de um milhão de meticais.

 

Detectada no âmbito da campanha de desactivação e remoção de ligações clandestinas e irregulares nas cidades de Maputo, Matola e no distrito de Boane, a referida ligação clandestina foi removida, recentemente, por uma equipa técnica da empresa, após uma tentativa fracassada de resolução do caso com o suposto autor.

 

Calcula-se que, com esta engenharia criminosa, a lagoa artificial destinada ao regadio da bananeiras e hortas encaixava, por dia, 50 mil litros de água, quantidade suficiente para abastecer cerca de 100 clientes. Em termos monetários, o prejuízo corresponde a uma média de seis mil meticais por dia, o que durante, seis meses, perfaz mais de um milhão de meticais.

 

Abordada no local do incidente, Isabel Maculuve, gestora Comercial da Área Operacional da Machava da AdeM, explicou que, devido ao elevado volume de água perdido, em consequência desta operação ilegal, a empresa resolveu remover a ligação, para depois prosseguir com os trâmites legais.

 

Para já, conforme garantiu Isabel Maculuve, foi feita uma queixa-crime contra o suposto autor da ligação clandestina, numa unidade policial do bairro Patrice Lumumba, que notificou formalmente o suposto infractor.

 

“Abordámo-lo na sua residência, mas não se mostrou interessado em colaborar para a resolução do problema, razão pela qual decidimos remeter o caso às autoridades competentes”, referiu a gestora Comercial da Área Operacional da Machava, destacando tratar-se de um cliente da empresa com um histórico de dívida, decorrente do consumo de água na sua residência e que se recusa a pagá-la.

 

Muito recentemente, a AdeM procedeu ao corte no fornecimento do precioso líquido à casa do visado, mas que viria a restabelecê-lo por iniciativa própria, danificando o contador de água: “Ele não quer colaborar connosco, muito menos retratar-se. Apenas disse que podíamos agir, conforme entendêssemos, mas que isso teria consequências”, concluiu Isabel Maculuve.

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