Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Empresas, Marcas e Pessoas

O Departamento de Serviços Científicos do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) está a implementar uma experiência para melhorar o reflorestamento da Serra da Gorongosa. Foram plantadas 2.880 mudas de árvores em 5 hectares com a ajuda dos alunos do Mestrado em Biologia de Conservação e 106 alunos de comunidades da serra. As crianças plantaram árvores, aprenderam sobre a importância das florestas e, o mais importante, voltaram para casa prontas para ensinar as suas famílias sobre a conservação das florestas.

 

O objectivo desta experiência é ajudar a melhorar o reflorestamento, encontrando maneiras naturais de limitar os danos dos insectos nas mudas e promover o melhor crescimento dasO objectivo desta experiência é ajudar a melhorar o reflorestamento, encontrando maneiras naturais de limitar os danos dos insectos nas mudas e promover o melhor crescimento dasPage 2plantas. Um segundo objectivo importante é proporcionar aos residentes na Serra da Gorongosa novas fontes de alimentação enquanto restauram a floresta através de um projecto agroflorestal que incorpora o plantio de feijão entre as mudas. A aplicação de ecologia química e agrossilvicultura ao reflorestamento incluiu o plantio de uma mistura de nove espécies nativas quimicamente semelhantes (em termos das defesas que produzem – por exemplo alcalóides e taninos) ou quimicamente distintas. As parcelas com espécies quimicamente distintas podem ser menos atacadas por insectos herbívoros, permitindo que as árvores cresçam melhor com o tempo.

 

O plantio de feijão na metade das parcelas testará como a capacidade do feijão de fixar o azoto da atmosfera e enriquecer o solo ajudará no crescimento das mudas, ao mesmo tempo que fornece uma fonte de nutrição para as pessoas da serra. Se as pessoas obtiverem uma fonte de alimento dos lotes de reflorestamento, elas provavelmente protegerão o projecto de reflorestamento de queimadas descontroladas, que são uma séria ameaça à conservação na serra.

 

Sobre o Mestrado de Biologia de Conservação

 

O Programa de Mestrado em Biologia de Conservação foi criado em 2017 pelo Projecto da Gorongosa com uma bolsa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e foi desenvolvido por um consórcio de três instituições Moçambicanas de ensino superior (Universidade Zambeze, Universidade Lúrio e Instituto Superior Politécnico de Manica) em parceria com a Universidade de Lisboa de Portugal e o Parque Nacional da Gorongosa no âmbito dasO Programa de Mestrado em Biologia de Conservação foi criado em 2017 pelo Projecto da Gorongosa com uma bolsa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e foi desenvolvido por um consórcio de três instituições Moçambicanas de ensino superior (Universidade Zambeze, Universidade Lúrio e Instituto Superior Politécnico de Manica) em parceria com a Universidade de Lisboa de Portugal e o Parque Nacional da Gorongosa no âmbito dasPage 3actividades de BioEducação deste último, com o objectivo de preparar jovens Moçambicanos para o desenvolvimento da conservação na sua nação tão rica em biodiversidade.

 

O programa é o primeiro e único mestrado em biologia de conservação em Moçambique, e é o único programa de mestrado no mundo dentro de um parque nacional. O programa oferece uma experiência educativa verdadeiramente única no qual os estudantes estão completamente imersos na conservação—interagindo com biólogos, fiscais do Parque e especialistas em relações comunitários e em ecoturismo. Ao estudar, realizar investigações, e viver no parque mais emblemático de Moçambique, os estudantes ganham muito mais do que uma educação académica; a sua vida inteira está integrada na prática de conservação de áreas protegidas.

 

Neste programa de dois anos, os estudantes completam os seus créditos académicos através de módulos intensivos de curto prazo, ministrados por uma equipa de professores convidados de todo o mundo. A profundidade e amplitude dos módulos oferecidos é comparável com outros programas de mestrado em biologia de conservação em universidades tradicionais, mas o programa de mestrado na Gorongosa enfatiza fortemente o trabalho de campo e os conhecimentos práticos, preparando os estudantes para futuras carreiras como cientistas, gestores de recursos naturais, e especialistas em relações comunitárias.

A Galp e os seus parceiros da Área 4 – ENI, ExxonMobil, CNPC, ENH, Galp e Kogas – entregaram, ao Conselho Municipal de Pemba, a Escola Primária de Kumilamba, completamente renovada e reequipada, a tempo de receber alunos e professores nas melhores condições para o arranque de um novo ano lectivo, na semana passada.

 

Localizada no bairro de Paquitequete, em Pemba, a escola reconstruída e totalmente equipada é composta por oito salas de aula, sala de professores e funcionários, biblioteca e outros equipamentos. A escola de Kumilamba vai permitir que 1.500 crianças tenham acesso a uma educação de qualidade e, ao mesmo tempo, proporcionar instalações condignas tanto para os alunos como para os funcionários.

 

A construção desta escola faz parte do Projecto Integrado de Educação que visa expandir as oportunidades para as crianças do bairro de Paquitequete, contribuindo também para a Agenda de Desenvolvimento das Nações Unidas 2030, através da abordagem do objectivo de desenvolvimento sustentável n.º 4 – uma educação de qualidade para todos.

 

“Esta nova escola neste ponto geográfico vai ajudar-nos a educar as gerações futuras de Pemba, Cabo Delgado e Moçambique,” de acordo com o Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Florete Simba Motarua. “A competência é a base da independência, e porque a ferramenta mais poderosa do mundo é a educação, nós, Conselho Municipal, e os nossos parceiros, decidimos proporcionar esta ferramenta.”

 

Além da componente infra-estrutural, a qual consistiu na construção e apetrechamento desta nova escola primária, de um campo desportivo multifuncional e de uma cantina, o projecto incluiu a instalação de um sistema fotovoltaico na escola de Kuparata e a reabilitação e ampliação de duas creches em Pemba.

 

O programa tem ainda como foco o desenvolvimento do capital humano e a nutrição. Estas actividades serão implementadas, através de iniciativas específicas como a formação de professores, educadores e directores de escolas; promoção de actividades extracurriculares (desporto, horticultura, poesia, teatro) com o objectivo de reduzir a desistência escolar; bolsas de estudos para o ensino médio, formação técnica e vocacional; alfabetização de adultos; campanhas de consciencialização sobre educação, saúde, meio ambiente e fornecimento de lanches escolares.

 

O Projecto Integrado de Educação é desenvolvido no âmbito do Plano de Sustentabilidade do projecto Coral Sul. O Projecto Coral Sul será o primeiro projecto a produzir recursos consideráveis de gás em Moçambique, a partir de 2022, e é operado pela Eni Rovuma Basin em nome dos parceiros da Área 4, nomeadamente a Galp, a Mozambique Rovuma Venture (joint-venture propriedade da Eni, ExxonMobil e CNPC), KOGAS e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos EP.

 

Vários edifícios estão a renascer na baixa da capital moçambicana. As Tintas CIN associaram-se ao projecto ´Bring Back Maputo’ (BBM) que significa trazer Maputo de volta. Ruas icónicas estão a ganhar uma nova imagem, alegre e colorida, numa acção que também beneficia homens e mulheres marginalizadas.

 

A CIN associou-se a um projecto de responsabilidade social que permitirá pintar 23 fachadas de edifícios, incluindo 7 pinturas de arte urbana, que irão renovar e colorir a baixa de Maputo. A CIN oferece todas as tintas para os imóveis abrangidos pela iniciativa, liderando também o processo da escolha de cores. A empresa disponibilizou ainda uma equipa para dar formação a mulheres do bairro sobre as técnicas correctas de pintura e preparação de superfícies.

 

Apagar as marcas do abandono, contribuindo para a requalificação do património histórico da cidade de Maputo foi um dos motivos que levaram as Tintas CIN a interessar-se pelo projecto ‘Bring Back Maputo’ (BBM). A iniciativa está a dar uma nova imagem a ruas como a Travessa da Palmeira - também conhecida como Rua de Arte -, e a Rua da Gávea, outrora icónicas na vida social e cultural da capital moçambicana.

 

Outra das razões que levaram a empresa a interessar-se pelo projecto passou pelo facto de se tratar de uma iniciativa com uma forte componente de responsabilidade social, já que, segundo refere, “mulheres e homens marginalizados do bairro têm sido incluídos nas actividades desenvolvidas”, através de campanhas de sensibilização, limpeza e pintura de imóveis.

 

Para as Tintas CIN, neste projecto “era importante que as cores estivessem em harmonia, que destacassem a arquitectura e que não interferissem com a funcionalidade de cada edifício”. Por isso, foi feito o levantamento e o estudo de todas as fachadas. Neste processo, a empresa recorreu a princípios científicos e psicológicos, procedendo a uma combinação equilibrada de cores quentes e frias. O resultado do trabalho pode já ser apreciado, uma vez que muitas das fachadas estão concluídas, evidenciando um forte impacto visual e estético.

 

A empresa teve, ainda, uma participação activa na escolha dos temas de arte urbana ali representados, apostando em motivos de expressão artística muito identitários de Moçambique como instrumentos musicais, a valorização da mulher ou algumas espécies de animais.

 

O projecto ‘Bring Back Maputo’ inclui várias actividades socioculturais e pretende contribuir para a preservação do património histórico, cultural, social e arquitectónico de Maputo, valorizando todo o seu legado. O objectivo é promover valores de cidadania e estimular o turismo local.

terça-feira, 23 março 2021 08:03

BCI eleito Melhor Banco de Moçambique

A revista norte-americana Global Finance elegeu, há dias, o BCI como o “Melhor Banco em Moçambique”, no âmbito dos “World’s Best Banks 2021”, que distinguem as instituições bancárias que em 2020 melhor responderam às necessidades dos seus clientes e que obtiveram os melhores resultados.

 

A seleção dos vencedores foi efectuada pelos editores da Global Finance após ampla consulta a executivos de empresas financeiras, banqueiros e consultores bancários e analistas de todo o mundo. Os critérios utilizados pelo corpo de jurado incluem itens como evolução de ativos, rendibilidade, dimensão geográfica, relações estratégicas, desenvolvimento de novos negócios e inovação em produtos; e critérios subjectivos, que compreendem opiniões de analistas financeiros e de notação de crédito, assim como de consultores bancários, entre outros.

 

Segundo refere Joseph D. Giarraputo, director editorial da Global Finance, por ocasião das premiações, “os Bancos jogam um papel chave na recuperação económica em todo o mundo. Os prémios que atribuímos aos melhores Bancos destacam os líderes, no restabelecimento do crescimento e na indicação do caminho a seguir” – disse. E acrescentou: “a avaliação deste ano é muito mais importante e mais valiosa do que qualquer outra feita ao longo dos 28 anos de história, tendo em conta as condições económicas sem precedentes, causadas pela pandemia global”.

 

Com 25 anos de existência, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) é uma das principais instituições financeiras de Moçambique, mantendo, hoje, a posição cimeira do Sistema Bancário no que diz respeito aos volumes de Crédito (27.59%), Depósitos (26.48%) e Activos (24.35%), e com a maior rede comercial do país. Para além de ter como um dos seus principais vectores estratégicos o apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME), o BCI desenvolve, ainda e entre outros, produtos e serviços que procuram: responder ao crescimento do país;  financiar ou participar no financiamento de projectos estruturantes e de grande dimensão nacional; participar activamente na inclusão financeira e na bancarização da economia.

 

Refira-se que com uma circulação média de 50 mil exemplares, e com leitores em 189 países, a revista ‘Global Finance’ foi fundada em 1987 e tem como intuito ser uma ferramenta útil, auxiliando líderes empresariais, banqueiros e investidores a traçarem o rumo dos seus negócios.

Palestrantes famosos, conservacionistas de relevo e líderes jovens estarão juntos para dar-nos a conhecer histórias de esperança para o nosso mundo natural num evento virtual gratuito e aberto a todos que acontecerá de 26 de Março a 4 de Abril de 2021.

 

Liderados pela “Cambridge Conservation Initiative” e ocorrendo em conjunto com o Festival de Cambridge,Liderados pela “Cambridge Conservation Initiative” e ocorrendo em conjunto com o Festival de Cambridge,Sir David Attenborough, Liz Bonnin e Chris Packham e outros conservacionistas importantes celebrarão histórias de sucesso ambiental em todo o mundo.Sir David Attenborough disse: "Todos nós sabemos que existem grandes problemas, mas não ouvimos o suficiente sobre alguns dos sucessos. Sucessos que podem dar-nos a coragem, a informação e a inspiração de que precisamos para continuar."

 

O festival irá exibir “A Nossa Gorongosa“ no Sábado, 27 de Março às 20:00 (TMG) (22:00 de Moçambique). No filme, produzido por HHMI Tangled Bank Studios e Gorongosa Media, Dominique Gonçalves, uma jovem Moçambicana ecologista de elefantes partilha a inspiradora história de como o Parque Nacional da Gorongosa está a tornar-se um novo modelo para a conservação da fauna bravia e o desenvolvimento comunitário em África, com especial destaque para educar raparigas e capacitar mulheres.O festival irá exibir “A Nossa Gorongosa“ no Sábado, 27 de Março às 20:00 (TMG) (22:00 de Moçambique). No filme, produzido por HHMI Tangled Bank Studios e Gorongosa Media, Dominique Gonçalves, uma jovem Moçambicana ecologista de elefantes partilha a inspiradora história de como o Parque Nacional da Gorongosa está a tornar-se um novo modelo para a conservação da fauna bravia e o desenvolvimento comunitário em África, com especial destaque para educar raparigas e capacitar mulheres.https://www.earthoptimism.cambridgeconservation.org/film-festival/our-gorongosa/

 

O Parque Nacional da Gorongosa em Moçambique tornou-se uma das histórias de restauração da fauna bravia mais célebres em África. Depois de um quarto de século de guerra civil e turbulência política que exterminaram mais de 95% da população de grandes mamíferos, uma década de proteção renovada e conservação cuidadosa trouxe o Parque de volta da beira do abismo.

 

Mas para um parque nacional prosperar no mundo de hoje, proteger os animais é apenas metade do trabalho. A Gorongosa também se comprometeu fortemente a melhorar o nível de vida das 200.000 pessoas - e em particular das raparigas e mulheres - que vivem perto do Parque. Esta é uma nova visão para a conservação no século XXI, onde as pessoas e a vida selvagem podem coexistir - para o benefício de todos.

 

No filme, Dominique Gonçalves partilha as muitas formas como a Gorongosa está a redefinir a identidade e o propósito de um parque nacional Africano. Desde o seu próprio trabalho mitigando o conflito entre seres humanos e elefantes, a programas escolares que empoderam as raparigas, a clínicas de saúde remotas para famílias locais, Dominique conduz os espectadores numa jornada reveladora que transformará sua compreensão do que um parque nacional pode e deve ser.

 

O compromisso das mulheres incríveis que dirigem estes programas - e a resiliência das mães e raparigas que se beneficiam deles - constituem uma história inspiradora de força e esperança. Como explica Dominique, apenas este ciclo virtuoso de conservação cuidadosa e desenvolvimento comunitário pode garantir um futuro positivo para a fauna bravia, as pessoas e o planeta.

 

Sobre “Earth Optimism”:

 

2021 é um ano crucial para a biodiversidade, com uma série sem precedentes de reuniões de líderes mundiais definindo a agenda de conservação para a próxima década. Celebrar as vitórias da conservação, bem como aprender o que os indivíduos podem fazer pelo planeta, é fundamental para preparar o terreno para essas discussões.

 

O Optimismo da Terra inclui palestras como “Why Nature Inspires Optimism”, da premiada autora Helen MacDonald; “Lessons from the Dodo: Saving Species and Rebuilding Ecosystems”, de Carl Jones, um conservacionista que salvou mais espécies da extinção do que quase qualquer outra pessoa viva; e “Stubborn Optimism” com Tom Rivett-Carnac, um dos principais instigadores do Acordo Climático de Paris da ONU.

 

Mais de trinta palestrantes apaixonados nas sessões de Histórias de Esperança apresentarão relatos convincentes de sucesso na conservação, desde a restauração de "Wicken Fen" a um grupo de mulheres salvando a águia dourada no México, tubarões nas águas ao redor das Maldivas e o francelho das Maurícias em perigo crítico. O evento também abrigará um Festival de Cinema com documentários de todo o mundo.

 

Sobre a Importância do Mundo Natural, a estrela e apresentador de TV Chris Packham explicará as suas razões para ser optimista sobre o futuro da natureza e as suas ideias sobre por que o mundo natural é tão importante para todosSobre a Importância do Mundo Natural, a estrela e apresentador de TV Chris Packham explicará as suas razões para ser optimista sobre o futuro da natureza e as suas ideias sobre por que o mundo natural é tão importante para todosPage 3 of 4nós. Durante “Hope for our Planet”, Liz Bonnin discutirá como resolver a crise planetária com Sir David Attenborough, que também responderá a perguntas enviadas por participantes de todo o mundo.

 

Simultaneamente com as palestras e entrevistas, o evento contará com a Feira de Soluções, uma série interactiva de actividades digitais para todas as idades. Aqui poderá descobrir o que pode fazer para ajudar a reduzir a sua pegada de carbono, apoiar a biodiversidade e viver de forma mais sustentável. Apresentando quiosques desde eco-empresas locais a organizações conservacionistas internacionais, a Feira de Soluções cobrirá muitos aspectos, desde tornar os nossos jardins amigos da fauna bravia e usar as nossas pensões para enfrentar a crise climática até formas de fazer a conexão das crianças com o mundo natural.

 

A Dra. Rosie Trevelyan, directora da "Tropical Biology Association" e organizadora, disse: “Estamos a lançar uma luz sobre histórias que nos ensinam lições valiosas que podem ser ampliadas. O Optimismo da Terra oferece um convite para nos concentrarmos no que é positivo e no potencial da natureza para se recuperar, enquanto nos lembra da nossa responsabilidade de fazer o que pudermos, onde quer que estejamos, ao invés de nos resignarmos à apatia sobre o destino da natureza.”

 

Pode ver uma lista completa dos palestrantes das Histórias de Esperança e dos quiosques da Feira de Soluções no website. Todo o evento é gratuito para o público, mas é necessário reservar lugar para as palestras. Para mais informações por favor visite: https://www.earthoptimism.cambridgeconservation.org/.

 

 

Sobre o Projecto da Gorongosa:

 

O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) em Moçambique é talvez a maior história de restauração da vida selvagem em África. Em 2008, foi estabelecida uma Parceria Público-Privada de 20 anos para a gestão conjunta do PNG entre o Governo de Moçambique e a Fundação Carr (Projecto de Restauração da Gorongosa), uma organização sem fins lucrativos dos EUA. Em 2018, o Governo de Moçambique assinou uma prorrogação do acordo de gestão conjunta por mais 25 anos. Ao adoptar um modelo de conservação do século XXI para equilibrar as necessidades da fauna bravia e das pessoas. O PNG está a proteger e salvar esta bonita natureza selvagem, devolvendo-o ao seu devido lugar como um dos maiores parques nacionais da África.

 

O PNG foi descrito como um dos mais diversos parques da Terra, cobrindo uma vasta extensão de 400.000 hectares. Nos últimos anos, o Projecto da Gorongosa, com o apoio da Administração Nacional de Áreas de Conservação de Moçambique (ANAC), garantiu a protecção de uma população em recuperação de Leões neste ecossistema, reduziu com sucesso ameaças-chave e viu o Parque reconhecido como um dos "Last Wild Places" pela National Geographic e como um dos "World’s Greatest Places" pela TIME Magazine.

 

Se desejar receber mais informações sobre este assunto, por favor ligue para Vasco Galante através de +258 82 2970010 (WhatsApp) ou envie email para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

 

Para informações de carácter genérico, por favor consulte www.gorongosa.org

 

Pode seguir as actividades quotidianas do Parque Nacional da Gorongosa aqui: https://www.facebook.com/gorongosa/

 

Sobre HHMI Tangled Bank Studios:

 

HHMI Tangled Bank Studios é uma empresa de produção voltada para a missão que produz filmes excepcionais sobre ciência e cientistas para exibição e distribuição via cinema e digital. Como contadores de histórias numa organização científica de classe mundial, estamos numa posição única para dar a conhecer algumas das descobertas científicas mais significativas de nosso tempo - e explicar por que são importantes. Filmes recentes incluem "The Farthest - Voyager In Space", que ganhou um Emmy de melhor documentário científico; "The Serengeti Rules",HHMI Tangled Bank Studios é uma empresa de produção voltada para a missão que produz filmes excepcionais sobre ciência e cientistas para exibição e distribuição via cinema e digital. Como contadores de histórias numa organização científica de classe mundial, estamos numa posição única para dar a conhecer algumas das descobertas científicas mais significativas de nosso tempo - e explicar por que são importantes. Filmes recentes incluem "The Farthest - Voyager In Space", que ganhou um Emmy de melhor documentário científico; "The Serengeti Rules",Page 4 of 4que ganhou um Emmy de documentário de natureza excepcional; "Inventing Tomorrow", vencedor do Peabody Award, com estreia no Festival de Sundance e que foi exibido na PBS / POV; e "Oliver Sacks: His Own Life", de Ric Burns, uma "escolha do crítico" do NY Times que estreou no Telluride Film Festival e vai ser exibido na PBS / American Masters nesta primavera. Para mais informações por favor visite: www.tangledbankstudios.org.

 

segunda-feira, 22 março 2021 15:34

Eulália Celeste de Sansão Muthemba

Eulália Celeste de Sansão Muthemba, nasceu a 21 de Outubro de 1945,  no Umbeluzi, Maputo. Filha de uma família de nacionalistas, com destaque para Mateus Sansão Muthemba, seu Tio e Josina Machel, sua prima. A veia nacionalista desponta desde tenra idade. A libertação de Moçambique do jugo colonial, era um fim único, em si mesmo. A sua família, com uma certa instrução e posição social, foi vítima das sevicias da PIDE pela frontalidade e oposição ao regime colonial. Ainda assim, a família Muthemba serviu de retaguarda para a luta na clandestinidade, e para o envio de militantes, para à Tanzânia, que ampliaram a Frente de Libertação Nacional.

 

Eulália Muthemba, passou a sua infância entre as cidades de Xai-Xai e Maputo, onde teve a oportunidade de fazer o ensino primário e  secundário. Na década 60, quando a estratégia de erradicação do sistema colonial fervilhava, e com a unificação dos três movimentos então existentes, em torno da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), essa clandestinidade extrapolou. Dezenas ou centenas de jovens foram mobilizados para a causa, congregando-se na frente de libertação. Eulália Muthemba, ainda jovem, porém amadurecida politicamente, enceta a fuga para Dar-es-Salaam, via Swazilandia, para se juntar a Frelimo. Não obstante, essa fuga termina, da pior forma possível , na África do Sul. O regime do apartheid que sempre colaborou com o regime fascista português, prendeu e deportou Eulália Muthemba e outra centena, senão , milhares de jovens. Deste modo, Eulália Muthemba foi presa e reenviada de volta a Lourenço Marques. Permaneceu três anos encarcerada nas cadeias de Lourenço Marques e Mabalane, em Gaza.  

 

Apesar de tudo ela continuou convicta e, firmemente, engajada na clandestinidade. Tinha razões de sobra para acreditar que fazia uma luta justa e inequívoca . A independência e a liberdade chegariam um dia. Não retornou a luta activa, pois continuou sob o severo escrutínio da policia política portuguesa. Com o golpe de Estado em Portugal, em Abril de 1974, Eulália Celeste de Sansão Muthemba viaja e visita, em Maio de 1974, pela primeira vez, a Tanzânia. Nessa deslocação ela teve a oportunidade de reunir com o Presidente Julius Nyerere, como forma de antecipar à preparação da independência nacional. A delegação incluía Matias Mboa, José Craveirinha, Josefate Machel, Rogério Ndzawana, Malangatana Valente Nguenha e Rui Nogar. Este grupo juntou-se a Samora Moisés Machel e Marcelino dos Santos.

 

Numa entrevista concedida a propósito da elaboração do livro bibliográfico  do seu Tio Matheus Sansão Muthemba, que ousou escrever para Salazar sobre as atrocidades do colonialismo em Moçambique, ela o descreveu como “.... alguém que de forma desinteressada fazia tudo, apostando a sua própria vida, para que a independência de Moçambique se traduzisse numa realidade. Assim, sistematizar as suas realizações, os feitos mais marcantes é o compromisso desta geração......”

 

Ainda sobre o processo de libertação nacional, Eulália Muthemba afirmou :  - Se aceitarmos que este exercício é um diálogo entre o passado e presente, então, concordemos que a responsabilidade da passagem deste testemunho da História de Moçambique, para as próximas gerações, que isso seja feita de forma mais objectiva possível, a bem da harmonia do país.

 

Eulália Celeste de Sansão Muthemba partiu para a eternidade, serena, subitamente, no dia 19 de Março de 2021, na cidade do Maputo. Deixa viúvo o seu esposo  Cda. Feliciano Gundana, herói nacional da luta de libertação nacional, nacionalista de primeira hora e destacado líder. Deixa, igualmente,  suas filhas Nadakawanika, Tapuwa e Muhlavasi. A legião de antigos combatentes da luta de libertação nacional, também , lamentam a perda de uma das suas mais estimadas camaradas. Fica um enorme vazio para à família, para a sociedade e para Moçambique, país que ela serviu e se dedicou a vida inteira.