A taxa de acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) continua baixa no país. De acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), de 2007 a 2017, só mais 2,4 por cento da população teve acesso ao telefone celular, passando de 24 por cento, em 2007, para 26,4 por cento, em 2017.
De acordo os dados disponíveis, neste período, só os homens usaram mais este aparelho que as mulheres, ao saírem de 24,2 por cento em 2007 para 30,8 por cento em 2017, enquanto as mulheres caíram de 23,8 por cento para 22,4 por cento.
No que diz respeito ao acesso à internet, o INE revela que 6,6 por cento da população estava ligado a esta rede, em 2017, contra os anteriores 2,1 por cento, registados em 2007. Destes, os homens representavam a maior taxa com 8,1 por cento contra 5,3 por cento das mulheres.
No que diz respeito ao computador, o INE refere que somente 4,4 por cento tinha acesso a este aparelho, o que representava um crescimento de 0,5 por cento relativamente a 2007, onde a taxa era de 3,9 por cento. Aqui, os homens registaram um crescimento de 1,7 por cento ao passar de 4,1 por cento para 5,8 por cento. Por sua vez, as mulheres registaram uma redução no uso do computador, ao sair de 3,8 por cento para 3,1 por cento, em 2017. (A. Maolela)
Munida de flechas, catanas e uma arma do tipo caçadeira, a população de Licangano, Nguiga e Ntapuala, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, perseguiu, neutralizou e matou, no último fim-de-semana, quatro supostos insurgentes, mas dois dos elementos do grupo civil ficaram gravemente feridos.
O grupo Chevron Corp tem até dia 10 de Maio para propor uma revisão ao acordo de fusão com o grupo Anadarko Petroleum Corp ou para apresentar outra proposta, informou este último em comunicado divulgado terça-feira em Houston.
O comunicado adianta ter o conselho de administração do grupo concluído que a proposta apresentada pelo grupo Occidental Petroleum Corp é “superior” à do grupo Chevron Corp, pelo que pretende terminar o acordo de fusão com este último e avançar para um com a Occidental.
A proposta revista apresentada pelo grupo Occidental Petroleum Corp propõe a entrega de 59 dólares em dinheiro e 0,2934 acções próprias por cada acção ordinária do grupo Anadarko Petroleum, que compara com a proposta inicial de 38 dólares em dinheiro e 0,6094 acções próprias por cada acção ordinária da Anadarko Petroleum.
A proposta apresentada pelo grupo Chevron Corp oferece 16,25 dólares em dinheiro e 0,3869 acções próprias por cada acção ordinária da Anadarko Petroleum.
O presidente executivo do grupo, Al Walker, que se deslocou a Moçambique para se inteirar do estado do projecto de exploração de depósitos de gás natural, referiu-se em Maputo à reunião do conselho de administração realizada segunda-feira em Houston e recordou os quatro dias que foram concedidos ao grupo Chevron Corp para se pronunciar sobre o assunto.
O grupo Occidental Petroleum Corp chegou entretanto a um acordo com o grupo francês Total para vender os activos da Anadarko Petroleum em África, nomeadamente África do Sul, Argélia, Gana e Moçambique, funcionando, neste último país, como operador do bloco Área 1, um projecto de gás natural com reservas comprovadas de 75 bilhões de pés cúbicos. (Lusa)
A Montepuez Ruby Mining (MRM), empresa que explora minas de rubis no Norte de Moçambique, denunciou hoje situações de “escravatura moderna” envolvendo garimpeiros ilegais que atuam na sua área de concessão.
Grande espectáculo musical, em celebração do Dia da Europa com Dino D’Santiago Branko e Rhodalia Milton. Como qualquer história, a da União Europeia teve os seus momentos fortes e as suas datas simbólicas como a dos Incas. Sete delas merecem ser recordadas, já que contribuíram para a construção da Europa actual e são igualmente essenciais para o futuro do continente europeu.
(10 de Maio, às 20H30 no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
A Editorial Fundza lança a colectânea “Do índico e Do Atlântico: contos brasileiros e moçambicanos”. A apresentação da obra estará a cargo de Nataniel Ngomane, académico e Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. A obra reúne contos de sete escritores moçambicanos e sete brasileiros e a história da sua produção começa com um convite feito pelo escritor e editor Dany Wambire ao editor Vagner Amaro, da Malê Edições, para edição conjunta de um livro que ajudasse na promoção da literatura moçambicana no Brasil, e, igualmente, promovesse em Moçambique a literatura de alguns dos principais autores contemporâneos do Brasil. Deste modo, foram seleccionados para fazer parte do livro os contos moçambicanos de Mia Couto (Rosalinda, a nenhuma), Lília Momplé (Stress), Alex Dau (Menina Teresinha), Diogo Araújo Vaz (Apocalipse), Dany Wambire (A mulher sobressalente), Carlos dos Santos (O ilusionista) e Daniel da Costa (A flauta do Oriente) e os contos brasileiros foram escolhidos dos escritores: Conceição Evaristo (Os pés do dançarino), Marcelo Moutinho (Oxê), João Anzanello Carrascoza (Dias raros), Rafael Gallo (Corte), Eliana Alves Cruz (Noite sem lua), Cristiane Sobral (223784) e Miguel Sanches Neto (Sabor). No entanto, o escritor Mia Couto, visivelmente feliz por integrar “um colectivo de gente mais jovem”, uma antologia “é quase sempre o melhor meio de começar junto de um mercado distante”. Pelo facto de se fazer uma selecção de autores, continua o escritor, pode-se, de uma única vez, “projectar nomes diversos com tendências literárias diferentes.” A apresentação da colectânea na cidade de Maputo enquadra-se nas celebrações da Semana da Língua Portuguesa, cujo início está marcado para o dia 05 de Maio.
(09 de Maio, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Lançamento da obra “Butá Kloson Ba Lônji - Cancioneiro da Música Popular São-tomense” de Luís Viegas. O surgimento dos grupos musicais de São Tomé e Príncipe, a sua mensagem política e a implicação que produziu no seio das relações sociais, são a base do livro “Butá Kloson Ba Lônji - Cancioneiro da Música Popular São-Tomense” da autoria do Embaixador de São Tomé em Portugal, Luís Viegas.
Biografia do autor: Luís Guilherme D'Oliveira Viegas nasceu em 1967, em São Tomé e Príncipe. Fez o ensino primário e liceal em São Tomé. Iniciou a sua actividade profissional como professor de francês, área em que se formou pela Universidade Blease Pascal de Clermont-Ferrand, França (Letras Modernas). Obteve o diploma de tradutor e intérprete de Conferência pela INA - Instituto Nacional de Administração de Portugal - e graduou-se em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, em Brasília, Brasil. Diplomata de carreira, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de São Tomé e Príncipe, onde ocupou vários cargos de direcção. É Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de São Tomé e Príncipe em Portugal e Marrocos. É Representante Permanente deste país junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Neste livro em que mostra parte do repertório musical das ilhas, responde à vontade de partilhar com o público a sua paixão pelas línguas nativas de São Tomé e Príncipe, em particular pelo crioulo "santomé".
Sinopse do livro: Com a obra "Butá Kloson Ba Lônji" o autor debruça-se sobre o surgimento dos grupos musicais são-tomenses nos ano 60 do séc. XX, e traça as características das músicas tocadas nessa época, as quais são marcadamente de intervenção política como meio de sensibilizar o povo são-tomense para a luta de libertação do jugo colonial, por um lado, e, por outro, servindo de retrato das complexas teias de relacionamento social. Tanto a mensagem política como o retrato da vivência social são musicados em língua nacional “Santomé” com recurso a metáforas de difícil interpretação, mesmo para muitos falantes nativos, e o autor procura traduzi-las com toda a fidelidade semântica para a Língua Portuguesa com vista a uma maior compreensão da sociedade são-tomense da época. A densidade metafórica utilizada nas mensagens de cariz político na época era um meio de escapar à censura.
(09 de Maio, às 18Hrs no Auditório da UCLLA)
Dezoito de Junho é a data em que a petroquímica norte-americana Anadarko e o governo moçambicano prevêem anunciar a Decisão Final de Investimento (DFI) do projecto da Área 1 da bacia do Rovuma. A informação foi tornada pública pela empresa, na tarde desta quarta-feira, através de um comunicado de imprensa, um dia depois de um encontro de cortesia entre os Presidentes da República, Filipe Nyusi, e da Anadarko Petroleum Corporation, Al Walker.
De acordo a nota enviada à nossa Redacção, durante o encontro entre os executivos da Anadarko e o Chefe de Estado moçambicano notou-se, igualmente, que todas as questões em negociação entre o Governo e a Anadarko têm sido satisfatoriamente resolvidas.
“Esperamos que o dia 18 de Junho seja um dia histórico em Moçambique, quando anunciarmos que um dos projectos mais importantes e transformadores na história do nosso país está pronto para avançar para a próxima etapa”, diz o Presidente da República, citado no comunicado.Filipe Nyusi reconheceu o compromisso contínuo da Anadarko em levar aquele projecto adiante, de modo a tornar-se realidade.
Por sua vez, o presidente e Director-Executivo da petroquímica disse que “com os compromissos para o financiamento assegurados, contratos garantidos, e todas as outras questões em negociação resolvidas com sucesso, a empresa está entusiasmada em dar o próximo passo com o esperado anúncio da DFI para o Projecto Mozambique LNG, no dia 18 de Junho”.
A Anadarko cita ainda o seu Presidente a dizer o Projecto Mozambique LNG está entre os projectos mais importantes que a nossa empresa ou qualquer outra já empreendeu, dada a escala do projecto, o volume dos recursos e os potenciais benefícios transformacionais a longo prazo que representa para Moçambique.
“Estamos gratos pelo apoio contínuo do povo e do Governo de Moçambique, dos nossos parceiros no investimento e dos milhares de homens e mulheres que trabalham na região de Cabo Delgado para desenvolver este projecto empolgante. Esperamos celebrar a aprovação oficial do Projecto Mozambique LNG no dia 18 de Junho”, sublinhou Al Walker. (Carta)
A prestigiada revista Global Finance acaba de eleger o Millennium bim como melhor banco na categoria de “Payments”, em 2019, reconhecendo esta instituição financeira pela solução inovadora que introduziu com o “Millennium IZI” e no âmbito da interoperabilidade.
A distinção surge no âmbito dos prémios ‘The Innovators 2019’ que, anualmente, destacam organizações a nível mundial nas várias categorias no sector financeiro. Os prémios “The Innovators 2019” reconhecem as instituições financeiras mais inovadoras e que, regularmente, identificam novos caminhos e criam novas ferramentas no mercado financeiro.
O serviço “Millennium IZI” apresenta-se precisamente como uma solução inovadora de Mobile Banking que conta já com mais de 8,5 milhões de transacções por mês, reforçando assim a maior rede de serviços bancários, em Moçambique. Permite aos utilizadores o acesso à maioria dos serviços do Millennium bim em qualquer tipo de dispositivo móvel.
O banco distingue-se, também, no âmbito da interoperabilidade que permite aos seus clientes o acesso aos serviços financeiros disponibilizados pelo “IZI” e pela “Vodacom M-Pesa”. Trata-se de uma plataforma flexível, de fácil acesso e, sobretudo, segura para realizar transacções em Moçambique, mas também no estrangeiro.
Joseph Giarraputo, editor e director editorial da Global Finance, classifica os vencedores como “desencadeadores do pensamento criativo”, referindo que todos os premiados “mostraram como canalizar a criatividade em produtos e soluções valiosas”.
Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “este prémio vem reconhecer, mais uma vez, todo o trabalho e inovação que o Banco, diariamente, coloca ao dispor dos seus Clientes com inúmeros serviços de alto valor acrescentado, resultado do empenho e da dedicação de todos os colaboradores do Banco”.
A Global Finance é uma revista de referência internacional no que respeita à informação dos mercados financeiros e análise do sector bancário mundial.
Esta distinção junta-se a outros prémios internacionais de relevo atribuídos pela Global Finance, mas também pela Euromoney, fazendo do Millennium bim a instituição bancária mais premiada de Moçambique. (Carta)
Continua duro o combate de tornar as nossas estradas livres do luto. Só em sete dias (de 27 de Abril a 03 de Maio), 20 pessoas morreram e outras 49 contraíram ferimentos, 23 das quais com gravidade, em consequência de 29 acidentes de viação, ocorridos nas estradas do país. A informação consta do relatório semanal do Comando Geral da Polícia, partilhado esta terça-feira (07) com os órgãos de comunicação social.
Despistes, capotamentos e atropelamentos são apontados como os principais tipos de acidentes, que tiveram como possíveis causas os habituais excessos de velocidade, má travessia de peões e condução sob efeito de álcool.
Para reverter a situação, a Polícia de Trânsito desencadeou uma campanha de fiscalização a um total de 51.636 viaturas, na qual foram apreendidas 607 viaturas, 339 cartas e 140 livretes. Foram aplicadas ainda 6.660 multas e detidos 35 indivíduos por condução ilegal e 28 condutores por corrupção activa.
No capítulo criminal, o documento refere que foram capturadas duas armas de fogo (uma do tipo pistola e outra do tipo caçadeira) e recuperadas 41 viaturas, 25 motorizadas, 85 telemóveis, 23 televisores, sete computadores e 23,86 kg de cannabis sativa.
Na mesma semana, a PRM revela que deteve ainda, em todo o território nacional, 1.238 indivíduos, sendo 1.017 por violação de fronteiras e 221 por prática de delitos comuns. (Marta Afonso)