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terça-feira, 15 outubro 2024 11:02

Música/Tchaia life band

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Milayo significa "ensinamentos”. É um concerto musical criado com intuito de educar e consolidar no que diz respeito à educação tradicional e de práticas culturais em processo de esquecimento e o convívio social através da música!

 

(17 de Outubro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

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O Ministério Público acaba de intimar o candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane a abster-se de práticas que violam a Constituição, legislação eleitoral e demais normas.

 

“A intimação resulta da reiterada onda de agitação social, desobediência pública, desrespeito aos órgãos do Estado, incitação à violência e desinformação perpetrada pelo candidato à Presidente da República, Senhor Venâncio António Bila Mondlane, nos comícios, redes sociais e demais plataformas digitais”, refere uma nota de imprensa acabada de receber na nossa redação.

 

A nota refere que “enquanto candidato que aspira ao cargo de Presidente da República, com o dever de garantir o cumprimento da Constituição da República e demais leis, adopta uma postura, totalmente, contrária, quando deve inspirar nos cidadãos a ideia de contenção e respeito pelas instituições do Estado legalmente instituídas”.

 

E acrescenta: “Apesar de já ter sido intimado pelo Ministério Público, é preocupante a postura demonstrada pelo Senhor Venâncio António Bila Mondlane em reiterar a prática de comportamentos que violam os princípios e normas ético-eleitorais.

 

Mais agravante, ainda, são os pronunciamentos deste em divulgar informações sobre os resultados eleitorais não confirmados pelos órgãos competentes, autoproclamar-se Presidente da República, afirmando ter criado uma comissão de transição de poder e incitar a população a actos de violência e desordem pública, com alegação de que se deve tomar o poder”.

 

A PGR faz notar que a violação de normas éticas do processo eleitoral, quando consubstancie o apelo à desordem ou à insurreição ou incitamento ao ódio, ao racismo, à violência ou à guerra, são punidos com pena de prisão de 2 a 8 anos, se outra mais grave não couber, nos termos do artigo 204 Lei n.° 8/2013, de 27 do Fevereiro, alterada e republicada pela da Lei n.° 15/2024, de de 31 de Maio, alterada e republicada pela da Lei n.o 14/2024, de 23 de Agosto.

 

E reafirma que a auto-proclamação de vencedores e a divulgação de informações não confirmadas pode gerar desinformação e incitar apopulação actos de violência, o que é completamente contrário a ordem e segurança pública.(Carta)

 

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Estatísticas fornecidas pela Divisão de Operações Conjuntas da Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF) mostram que os soldados frustraram no mês passado, no âmbito da Operação Corona, a entrada de 312 estrangeiros que pretendiam entrar naquele país, sem documentação necessária.

 

Os zimbabueanos, com 145 pessoas, constituíram a maioria dos imigrantes ilegais de Setembro, seguidos pelos moçambicanos (88) e suthos (75). Em Agosto, 839 pessoas sem documentos foram detidas pela Polícia da África do Sul (SAPS), aguardando deportação, quase quinhentos a mais em comparação com Setembro.

 

Uma análise dos sucessos da Operação Corona mostra que em Setembro houve uma diminuição no número de imigrantes ilegais interceptados pelos soldados sul-africanos, bem como uma queda substancial no valor do contrabando apreendido.

 

Após confiscar drogas no valor de mais de R$ 10 milhões em Agosto, o montante baixou para R$ 2,5 milhões, o que indicia que os contrabandistas podem ter encontrado outras maneiras de iludir as patrulhas ou não tinham tanto produto disponível para movimentar ilegalmente em setembro.

 

O triângulo Eswatini/KwaZulu-Natal/Moçambique foi o maior infractor com R$ 1,9 milhão, com Mpumalanga/Moçambique em segundo lugar com R$ 581.253.

Em Agosto, os soldados apoiados pela polícia confiscaram cigarros, bebidas alcoólicas, produtos farmacêuticos, bem como roupas de marca falsa, calçados e outros itens avaliados em mais de R$ 3,8 milhões, mas em Setembro, esse valor caiu para pouco mais de R$ 2 milhões.

 

Vários veículos roubados também foram recuperados no mês passado, com R$ 2,3 milhões em veículos recuperados em Limpopo, na fronteira com o Zimbabwe e R$ 300.000 em veículos recuperados em KwaZulu-Natal, na fronteira com Moçambique. (Defence Web)

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Camponeses de Macomia, centro da província moçambicana de Cabo Delgado, relataram à Lusa intensos confrontos, nos últimos dias, entre militares e alegados grupos de terroristas que operam na região, provocando o receio na população.

 

De acordo com fontes das comunidades locais, desde o início de outubro que a região de Mucojo e Quiterajo, a 40 e 70 quilómetros da sede de Macomia, respetivamente, têm sido o palco de confrontos entre a força militar conjunta e os rebeldes, provocando preocupação junto da população e camponeses que trabalham os terrenos agrícolas. "É preciso coragem para ficar aqui, todos os santos dias ouvem-se armas e bombardeamentos, lá para Mucojo", relatou à Lusa um camponês de Nambine.

 

Outra fonte avançou que o som permanente das armas tem criado medo, sobretudo o receio de algum ataque às populações por parte dos grupos terroristas. "Ficamos com medo, os confrontos não param. Lá para Mucojo e Quiterajo é só confrontos, agora não sabemos se os rebeldes não farão disso um motivo para depois irem contra os civis, que somos nós", disse outro camponês a partir de Namigure.

 

O som das armas e bombardeamentos chegam também aos ouvidos da população da sede de Macomia, que relata igualmente o pânico desde a semana passada. "É uma situação difícil, o soar das armas ouve-se até aqui Macomia, isso dá medo. Não sabemos o passo que segue", lamentou um comerciante a partir de Macomia.

 

Localizado ao longo da estrada nacional EN380, o distrito de Macomia está no centro de Cabo Delgado, distando 200 quilómetros da cidade de Pemba, capital provincial. As Forças Armadas de Defesa de Moçambique e suas congéneres do Ruanda anunciaram, em 25 de setembro, que abateram dez terroristas, num ataque que também resultou na morte de militares, nas matas do posto administrativo de Mucojo.

 

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse em 04 de outubro que “vários terroristas foram postos fora de combate e destruídos importantes acampamentos” dos insurgentes, na província de Cabo Delgado, norte do país, tendo assegurado ainda que foi “capturado material bélico e de propaganda” que estava na posse dos insurgentes.

 

“É certo que continuamos a enfrentar o desafio do terrorismo em Cabo Delgado, cujo combate tem vindo a registar sucessos, com desarticulação das ações dos terroristas e redução dos ataques e retorno das pulações” às suas zonas de origem, disse.

 

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico. O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

 

Desde o início de agosto, diferentes fontes no terreno, incluindo a força local, têm relatado confrontos intensos entre a missão militar conjunta e os insurgentes nas matas do posto administrativo de Mucojo (Macomia), envolvendo helicópteros, blindados e homens fortemente armados, com relatos de tiroteios em locais considerados como esconderijos destes grupos. (Lusa)

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O Delegado do PODEMOS na província de Nampula alegou esta segunda-feira (14) que indivíduos até aqui desconhecidos tentaram assassiná-lo por volta das 22h00 do último domingo, na capital provincial, em sua própria residência.

 

Castro Niquina acredita que a tentativa de assassinato, envolvendo pelo menos seis homens, tenha motivações políticas de outros partidos, devido à sua posição na defesa dos resultados da votação da última quarta-feira (09). Afirmou que o crime não foi consumado graças à pronta intervenção dos vizinhos.

 

A fonte falava em conferência de imprensa na cidade de Nampula, onde afirmou que a causa do PODEMOS e de Venâncio Mondlane é do povo moçambicano e, por isso, mesmo que seja morto, a defesa dos interesses da pátria continuará.

 

Lembrou ainda que a morte é o caminho de todos os homens, caso a tentativa de o assassinar tenha sido uma encomenda política.

 

Por outro lado, o líder do PODEMOS na província de Nampula denunciou diversas irregularidades na votação, com destaque para a viciação dos resultados, como a alteração dos números, e até a não realização da contagem dos votos no distrito de Angoche, onde alegadamente a FRELIMO foi declarada vencedora.

 

Explicou ainda que o facto de os membros da RENAMO em Nampula exigirem a demissão do seu presidente, Ossufo Momade, é um sinal de reconhecimento dos bons resultados alcançados pelo PODEMOS em muitos distritos de Nampula no passado dia nove. (Carta)

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Um total de 3.816 dos 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo abrangidos pela desmilitarização no âmbito dos Acordos de Paz de Maputo já estão a receber as suas pensões, anunciou o Presidente moçambicano.

 

No total, o Tribunal Administrativo está na posse do dossiê de 3.936 guerrilheiros, o correspondente a 94,1% do total, dos quais pelo menos 3.816 (91,3%) estão validados, já a receber as suas pensões, avançou Filipe Nyusi, numa nota divulgada na sua página da rede social Facebook.

 

“Prosseguem as diligências visando identificar outros potenciais beneficiários do processo, uma vez que o número inicialmente previsto é de 5.221 elementos”, refere-se na nota.

 

Segundo a Presidência, pelo menos 4.181 processos já estão no Instituto Nacional de Previdência Social. O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), iniciado em 2018 no âmbito do acordo de paz entre as partes, abrange 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo, dos quais 257 mulheres, e terminou em junho de 2023, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.

 

O Acordo Geral de Paz de 1992 colocou fim a uma guerra de 16 anos, opondo o exército governamental e a guerrilha da Renamo. Foi assinado em Roma, entre o então Presidente, Joaquim Chissano, e Afonso Dhlakama, líder histórico da Renamo, que morreu em maio de 2018.

 

Em 2013 sucederam-se outros confrontos entre as partes, que duraram 17 meses e só pararam com a assinatura, em 05 de setembro de 2014, do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, entre Dhlakama e o antigo chefe de Estado Armando Guebuza.

 

Em 01 de agosto de 2019 foi assinado na Gorongosa o Acordo de Cessação Definitiva das Hostilidades Militares, entre o Governo e o líder da Renamo, Ossufo Momade, após anos de conversações com o histórico líder e fundador Afonso Dhlakama (1953-2018).

 

Já em 06 de agosto de 2019, em Maputo, foi assinado o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, o terceiro e que agora está a ser materializado, entre o atual chefe de Estado moçambicano e o presidente da Renamo. (Lusa)

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Enquanto pelo mundo, incluindo países africanos, os candidatos a cargos públicos anunciam vitória e/ou derrotas eleitorais, antes do anúncio dos resultados pelos órgãos eleitorais, em Moçambique tal acto é considerado anti-ético e ilegal.

 

Quem assim o diz é o Ministério Público, secundando o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que disse não ser ético proclamar-se vencedor, referindo-se aos pronunciamentos públicos de Venâncio Mondlane, que desde quinta-feira se tem declarado vencedor das eleições presidenciais de 9 de Outubro.

 

Porém, em comunicado de imprensa partilhado ontem com a comunicação social, o garante da legalidade não aponta o dispositivo legal violado pela auto-proclamação dos resultados. Aliás, é de lei que os partidos políticos tenham cópias dos editais do apuramento parcial dos resultados, pelo que cada concorrente está em condições de apurar o seu desempenho nas urnas.

 

Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a auto-proclamação de vencedores, pelos concorrentes, pode degenerar em convulsões sociais. A PGR afirma que tem constatado, através dos meios de comunicação social, redes sociais e plataformas digitais, discursos que incitam a violência, a desordem pública, “incluindo auto-proclamação de vitória do pleito eleitoral, antes da divulgação dos resultados pelos órgãos competentes, situação que viola a lei e é susceptível de degenerar em convulsões sociais”.

 

A PGR afirma ainda que tem estado a fazer o seguimento da ocorrência de ilícitos eleitorais, irregularidades, criminalidade comum e a violação de normas ético-eleitorais, praticada por diversos intervenientes no processo eleitoral, entre membros e simpatizantes dos partidos políticos, agentes da administração eleitoral e concorrentes.

 

“Relativamente à violação de normas éticas do processo eleitoral, quando consubstancia o apelo à desordem ou à insurreição ou incitamento ao ódio, ao racismo, à violência ou à guerra, a lei prevê aplicação da pena de prisão de 2 a 8 anos, se outra mais grave não couber. Nesse sentido, o Ministério Público, para além de intimar as entidades a conformarem-se com a lei, tem instaurado os competentes processos”, refere o documento.

 

Na nota, a PGR insta aos actores políticos para respeitarem o processo, “actuando de forma a cumprir com as normas constitucionais por nós aprovadas, contribuindo para uma eleição pacífica, livre e justa e para a consolidação do Estado de Direito Democrático”. (Carta)

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Os enfermeiros consideram a possibilidade de convocar uma greve nacional, caso a Ordem dos Enfermeiros penalize aqueles que ainda não estão inscritos. Aquela entidade propôs a penalização de todos os enfermeiros que ainda não estão registados.

 

Segundo informações partilhadas pela Associação dos Enfermeiros, muitos já se inscreveram, mas o pagamento das suas quotas não está em dia, enquanto outros não estão inscritos devido à falta de informação.

 

“Eles deram-nos 45 dias para regularizarmos as nossas inscrições e esse prazo já passou. Findo este período, se um enfermeiro for penalizado, a Associação irá entrar em greve. Por exemplo, se a Ordem suspender um enfermeiro, todos nós nos consideramos suspensos. Isso significa que a Ordem estaria suspendendo as actividades de todos os enfermeiros”, explicou Raúl Piloto, Presidente da Associação dos Enfermeiros, durante uma conferência de imprensa nesta segunda-feira.

 

Perante esta situação, os enfermeiros moçambicanos vêem-se obrigados a tomar medidas drásticas, como o recurso à greve nacional, caso a direcção da Ordem continue a adoptar práticas que comprometam a legitimidade e os direitos dos profissionais.

 

A greve seria uma forma de protesto contra a falta de transparência e a injustiça que permeiam a actual gestão da Ordem. Além disso, a Associação dos Enfermeiros exige a convocação de eleições na Ordem, conforme estipulado no seu estatuto, que determina que cada mandato deve durar quatro anos.

 

O actual mandato, que se estende desde Agosto de 2017, gera desconfiança entre os profissionais de enfermagem quanto à legitimidade da actual liderança. Essa situação é vista como um verdadeiro golpe para a instituição, que deveria ser um espaço de representação e defesa dos interesses dos enfermeiros moçambicanos.

 

“A manutenção da actual direção sem o devido processo eleitoral fere os princípios democráticos e compromete a legalidade e a integridade da governação da Ordem. Por isso é essencial a convocação de novas eleições para restaurar a legitimidade e a confiança na instituição, promovendo um ambiente profissional que incentive todos os enfermeiros a se inscreverem e contribuírem para o desenvolvimento da enfermagem em Moçambique”, disse Raul Piloto.

 

Falando sobre o pagamento dos retroactivos dos enfermeiros por parte do Governo, Piloto mencionou que algumas províncias, como a Zambézia, já receberam os pagamentos, incluindo o subsídio de turno. Refira-se que cerca de 19 mil enfermeiros estão inscritos no cadastro do Ministério da Saúde. (Marta Afonso)

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O Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Chimbirombiro Simango, denunciou, na manhã desta segunda-feira, a detenção ilegal de um membro do seu partido, no distrito de Ribaué, província de Nampula. A denúncia foi feita hoje, em conferência de imprensa.

 

Segundo Simango, o indivíduo foi detido na última quarta-feira, 9 de Outubro de 2024, por ordem do Director Distrital do STAE de Ribaué, após recusar-se a “acatar ordens ilegais”. A fonte afirma que a vítima, de nome Artista José Massaca, ainda não foi ouvida e muito menos foi instaurado um processo contra ele, “o que representa uma violação”.

 

Numa conferência de imprensa de pouco mais de 10 minutos, Simango defendeu que o seu partido está na posse de “todos editais e actas das Mesas de Votação”, porém, recusou-se a partilhar os resultados da sua contagem paralela. “Neste momento, estamos a realizar a nossa contagem paralela, que está na ordem de 80%, (…) e quando terminar vamos divulgá-la”, afirmou, defendo que, em algum momento, os números em sua posse chocam com os divulgados pelos órgãos eleitorais.

 

Entretanto, o Presidente do MDM garante que o seu partido continuará na Assembleia da República, embora “ainda não estamos satisfeitos com os resultados”. “Em alguns sítios estamos em frente que os nossos adversários”, assegurou, defendendo que o MDM é pela justiça eleitoral.

 

“Por isso, vamos convidar a CNE e o STAE para que divulguem os verdadeiros resultados, para que não haja manipulação. Nós sempre estaremos do lado da justiça social, do nosso povo, que votou massivamente pelas mudanças”, enfatizou.

 

Refira-se que os resultados oficiais, assim como da contagem paralela, indicam para derrota do MDM e seu candidato presidencial, aparecendo em quarto lugar, atrás da Renamo, que também perdeu o trono de maior partido da oposição. (Carta)

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O PODEMOS (Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique), que suporta a candidatura presidencial de Venâncio António Bila Mondlane, denunciou, na manhã desta segunda-feira, a existência de um plano para viciar dados eleitorais em benefício dos dois maiores partidos políticos do país, nomeadamente Frelimo e Renamo. A denúncia foi feita por Albino Forquilha, Presidente do Partido, em conferência de imprensa concedida hoje, em Maputo.

 

Segundo Forquilha, o plano, que resulta de “ordens superiores”, passa, primeiro, por retirar o PODEMOS do primeiro lugar, que lhe é devido, de modo a acomodar a Frelimo no poder e, segundo, por dar votos à Renamo, de modo a mantê-la como segunda maior força política do país.

 

Tal plano, revela Forquilha, visa “honrar os compromissos políticos que existem entre o partido Frelimo e o Líder da Renamo”, fazendo com que Ossufo Momade continue sendo o Líder da Oposição, “custando a justiça eleitoral feita pelo povo nas urnas, votando no PODEMOS e fazer com que ele perca todo mérito que ele teve neste pleito eleitoral”.

 

“Os resultados [da votação de quarta-feira] que estamos a ter, a nível dos distritos, não são aqueles que o povo, efectivamente, depositou nas urnas, isto tendo em vista a responder à esta ordem superior para que o PODEMOS não consiga estar, nem no primeiro, nem no segundo lugar”, afirma.

 

O Presidente do PODEMOS garante ter provas que sustentam a sua posição, assim como do seu candidato presidencial, porque “temos actas e editais das Mesas”. Aliás, no último fim-de-semana, Venâncio Mondlane publicou um link dos editais em sua posse, guardados no Google Drive. Os editais mostram, na sua maioria, a vitória de Mondlane, em contradição com os resultados oficiais que apontam para vitória da Frelimo e Daniel Chapo em quase todo país.

 

Por isso, Forquilha defende que o Partido PODEMOS “nunca irá permitir e nunca irá aceitar a promulgação e validação desses resultados pelo Conselho Constitucional sem que haja uma confrontação dos resultados anunciados pelos distritos e os produzidos nas Mesas, distrito por distrito”.

 

Para além de acomodar a Frelimo no poder e a Renamo na segunda posição, a viciação dos resultados eleitorais visa também, segundo Forquilha, “manter a supremacia da Frelimo no Parlamento, por forma a aprovar as leis a seu belo prazer”, por um lado, e, por outro lado, manter a Frelimo e a Renamo “como pilares da Lei Eleitoral”, de modo a continuarem a “coordenar a manutenção da injustiça eleitoral”, que se carateriza pela existência “de uma lei objectiva e não abstrata”.

 

Esta foi a primeira reacção do Presidente do PODEMOS desde que o país foi à votação, na quarta-feira, no âmbito da realização das VII Eleições Presidenciais e Legislativas e IV das Assembleias Provinciais, que incluem a eleição do Governador da Província. Forquilha disse ter muitos membros reunidos pelo país, esperando por orientações superiores do partido para reagir à injustiça eleitoral.

 

“Nós vamos continuar a fazer esta luta política, denunciando e conversando com todos para perceber o nível de injustiça eleitoral neste país, mas também estamos a interpor recursos junto dos Tribunais Distritais por forma a termos alguma resposta deste nível para que a justiça seja reposta”, defende Forquilha, afastando, do momento, qualquer reação violenta.

 

Mantendo a “injustiça eleitoral”, o Presidente do PODEMOS afirma que “o povo saberá o que fazer” porque o processo eleitoral é do povo moçambicano e não de um partido. “Se o processo eleitoral, em Moçambique, não responde a democracia, então teremos de encontrar outros mecanismos para que a justiça se reponha neste país”, sentenciou.

 

Refira-se que, até ontem, a contagem paralela de Venâncio Mondlane apontava sua vitória com 53%, em todo país, à frente de Daniel Chapo, que contava com 39%. Ossufo Momade aparecia na terceira posição com 5%, enquanto Lutero Simango era o quarto e último lugar com 3%. O nível de processamento era de 53,01%.

 

Do apuramento paralelo feito pela equipa de Venâncio Mondlane e do PODEMOS, Daniel Chapo, que é apontado vencedor das eleições presidenciais, pelos órgãos eleitorais, vencia em apenas três províncias, nomeadamente, Gaza, Inhambane e Niassa, sendo que, nas províncias de Inhambane e Niassa, a vitória de Chapo não ultrapassava 50%.

 

No entanto, os resultados oficiais, indicam a vitória de Daniel Chapo e Frelimo em todo país, com mais de 50% dos votos. Pelos resultados oficiais, a Frelimo deverá ter, mais uma vez, mais de dois terços dos deputados, o que lhe poderá garantir legitimidade para, querendo, alterar a Constituição da República (A.M.)

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