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segunda-feira, 21 março 2022 07:34

EN1 novamente cortada

Os anos passam, mas a estória não muda. Na tarde do último sábado, a Estrada Nacional Nº 1 voltou a estar cortada, interrompendo a ligação rodoviária entre a região norte e o resto do país.

 

Desta vez, a estrada cortou-se no troço Nicoadala-Namacurra, na província da Zambézia, na sequência do arrastamento do solo do aqueduto que faz a ligação entre a estrada e a estrutura de betão da plataforma, segundo a STV.

 

Já a Administração Nacional de Estradas (ANE) culpa as “intensas chuvas que caíram nas últimas horas”. Explica que a situação afecta uma extensão de aproximadamente 1 Km e garante já haver uma equipa no terreno, que está a monitorar a situação e a definir as acções de mitigação a serem tomadas, assim que as condições o permitirem.

 

Desde a passagem do Ciclone Tropical “GOMBE”, no passado dia 11 de Março, chove torrencialmente na província da Zambézia. Aliás, parte do distrito de Nicoadala encontra-se submersa, devido às cheias causadas pelas chuvas, que caem há mais de uma semana.

 

A STV relata ainda que o rio Namacurra, que se encontra no distrito com o mesmo nome, transbordou, condicionando também o trânsito rodoviário na “martirizada” Estrada Nacional Nº 1.

 

Na sequência desta situação, a Secretária de Estado da Província da Zambézia, Judite Mussacula, ficou retida por mais de 24 horas no distrito de Namacurra, para onde se tinha deslocado para avaliar os danos causados pelas chuvas. A governante só foi resgatada na tarde de domingo.

 

Os cortes da Estrada Nacional Nº 1 não constituem uma novidade. Trata-se, na verdade, de uma realidade que já constitui rotina no país, sempre que chega a época chuvosa. Do Rovuma ao Maputo, assiste-se, anualmente, à queda de pontes e deslizamento de terras na Estrada Nacional Nº 1, interrompendo, frequentemente, a ligação rodoviária entre as três zonas do país.

 

Em 2015, por exemplo, a Estrada Nacional Nº 1 esteve intransitável por mais de 30 dias, na sequência do desabamento parcial da ponte sobre o rio Licungo, no distrito de Mocuba, província da Zambézia.

 

O Governo continua a assobiar ao lado e vai culpando as mudanças climáticas pela triste realidade que se assiste nas infra-estruturas públicas. (Carta)

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