Famílias na sua maioria de pescadores, que regressaram sem autorização das autoridades à aldeia Pangane, posto administrativo de Mucojo, no distrito de Macomia, foram obrigadas a participar numa reunião, convocada por um grupo de terroristas que escalou aquela região, ao princípio da noite da última segunda-feira (13).
Segundo fontes, sem usar a violência, que é a sua marca, o grupo de terroristas disse à população que não tinha intenção de fazer mal a ninguém, mas falou sobre a necessidade de seguir as ordens de Deus (Allah) emanadas do Alcorão.
De acordo com as nossas fontes, os terroristas disseram às pessoas que devem rezar, jejuar e aumentar a prática de boas acções, sobretudo durante o mês do Ramadão, consagrado para jejum dos muçulmanos.
De seguida, o grupo pediu para comprar alguns produtos alimentares, incluindo pescado, porém, queimou cigarros que estavam à venda e ofereceu dinheiro a algumas pessoas, sobretudo os idosos. Ao queimar os cigarros, os terroristas alegaram que não era permitido na "sharia".
A fraca movimentação dos terroristas na região costeira do distrito de Macomia, devido às frequentes acções da força local, das FDS e da missão militar da SADC, com destaque para a tropa sul-africana, motivou o regresso de algumas famílias acolhidas em Mucojo, na sua maioria pescadores.
Nos últimos dias, a vila de Macomia recebe muita quantidade de peixe proveniente de Mucojo e de Pangane. (Carta)