O Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, nega que tenha havido tentativa de assassinato dos cabeças-de-lista de alguns partidos políticos que concorrem para as próximas eleições municipais de 11 de Outubro. Trata-se do edil da Província de Nampula, Paulo Vahanle, que alegou ter sofrido uma tentativa de assassinato a 22 de Agosto último.
Duas semanas depois, foi a vez do edil de Quelimane, na província da Zambézia, Manuel de Araújo, que também denunciou uma tentativa de assassinato. Coincidentemente, os dois casos foram alegadamente protagonizados por agentes da PRM.
Entretanto, na última sexta-feira, durante uma parada em Maputo, onde foram apresentados os novos integrantes da Polícia de Trânsito, Bernardino Rafael disse que se trata de falsas acusações e sem nenhum fundamento. Referiu que são invenções dos partidos usadas para justificar a falta de manifesto eleitoral.
O Comandante-geral da PRM aproveitou a ocasião para enfatizar que este tipo de acusações poderá prejudicar os próprios cabeças-de-lista e partidos porque o mesmo polícia que eles acusam, é também um eleitor. Na ocasião, Rafael lamentou o que está a acontecer, mas garantiu que a polícia está preparada para garantir ordem e segurança durante o processo eleitoral. (Marta Afonso)