Matsinhe deixou esta garantia, esta quinta-feira (6 de Junho), durante uma conferência de imprensa, realizada na capital do país, após uma pergunta da “Carta” sobre como a instituição analisava o desfecho dos dois casos, em que cinco funcionárias eram acusadas de esquemas de corrupção.
Trata-se de Sidália Esmeralda dos Santos, Odete Mate, Julieta Mbimbe, Inocência Matsinhe e Arnalda Zefanias que, desde o ano passado, encontravam-se a responder pelos crimes de criação de um esquema paralelo de produção de documentos e corrupção passiva, mas que, devido à insuficiência de provas, foram absolvidas. A outra funcionária que continua a exercer as suas funções é a antiga porta-voz da instituição, Cira Fernandes, acusada de ter facilitado vistos a 17 cidadãos de origem nigeriana.
Num outro desenvolvimento, Celestino Matsinhe disse que, até ao momento, dois membros do SENAMI foram expulsos, três demitidos e um despromovido. Acrescentou ainda que, de Janeiro a Abril do presente ano, a instituição detectou 48 casos de violação do regulamento de ética e disciplina da instituição.
Lembre-se que, durante o julgamento das cinco funcionárias da instituição, Maria Amélia Sequate, Directora Nacional de Emissão de Documentos, não conseguiu apontar a violação regulamentar cometida pelas visadas.
Segundo Matsinhe, a corrupção aumentou na instituição, porém, nos últimos meses, têm-se intensificado acções internas do combate a este mal, que flagela a sociedade moçambicana.
No habitual briefing semanal com a comunicação social, o SENAMI avançou que, nos últimos quatro meses, foram repatriados mais de 400 cidadãos estrangeiros, tendo também se interpelado 720 cidadãos forasteiros em situação irregular. Os malawianos lideram a lista de repatriados com 281, seguindo os etíopes (75) e Bengali (20).
Questionado pela “Carta” em relação aos atrasos na emissão dos passaportes, Matsinhe apenas reconheceu o problema, porém, não avançou as razões. Entretanto, “Carta” sabe que existe um “braço-de-ferro” entre a SEMLEX e o Estado moçambicano, no que concerne à concessão de dados. Celestino Matsinhe não confirmou e nem desmentiu o facto. (Omardine Omar)