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quarta-feira, 26 junho 2019 09:00

Nyusi considera os ataques em Cabo Delgado "um atentado contra a soberania e o povo"

O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, disse, nesta terça-feira (25 de Junho), durante as cerimónias centrais do 44º aniversário da independência nacional, que os ataques dos malfeitores, em Cabo Delgado, constituem “um atentado frontal contra a soberania e o povo moçambicano”.

 

De acordo com Nyusi, os jovens daquela província são aliciados por pessoas para atacarem aldeias, destruindo propriedades, machambas, furtando medicamentos, armamentos e matando barbaramente seus concidadãos.

 

 

Discursando para a nação, a partir da Praça dos Heróis Moçambicanos, onde estiveram mais de duas mil pessoas, o Chefe de Estado reiterou que o seu governo não descansará, enquanto não devolver a paz efectiva naquela zona do país, pelo que instou os jovens das Forças de Defesa e Segurança (FDS) a continuarem o combate contra os terroristas que desgraçam as populações.

 

Lembre-se que, desde 05 de Outubro de 2017, que a província de Cabo Delgado vive debaixo de um “fogo cruzado”, com ataques armados protagonizados por um grupo, até então, não identificado. Mais de 200 pessoas, entre militares e civis, perderam a vida, devido a esta situação, para além da destruição de património público e privado.

 

No seu discurso, Filipe Nyusi voltou a falar também do diálogo com a Renamo, reiterando que o mesmo se encontra “numa boa fase” e acredita que, até Agosto, irão assinar o Acordo de entendimento.

 

Ainda na senda das celebrações do Dia de Moçambique, o PR disse que o anúncio, na última semana, da Decisão Final de Investimento da Anadarko e parceiros, mudará a vida dos moçambicanos, nos próximos anos, pelo que “é importante que haja paz porque, sem ela, não há desenvolvimento e democracia”.

 

Falando em torno da visita do Papa Francisco, no próximo mês de Setembro, o PR avançou que o seu governo e a Igreja Católica estão a preparar a segunda visita de um líder católico ao país, depois do Papa João Paulo II, em 1989, que se vai reunir com diferentes personalidades nacionais e dirigir uma missa a todos os moçambicanos.

 

Refira-se que, durante as cerimónias dos 44 anos da nossa independência, o PR condecorou 233 antigos combatentes, dos 300 galardoados, tendo prometido prosseguir com esta agenda até ao fim do mandato. (Omardine Omar)

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