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BCI
quarta-feira, 16 outubro 2019 05:44

73 indivíduos detidos no dia da votação em todo o país

Vinte e quatro horas após a votação, a Polícia da República de Moçambique (PRM) veio a público apresentar o balanço preliminar do escrutínio, no que à ordem e tranquilidade diz respeito. Para já, as autoridades policiais apontam para o registo de um total de 22 ilícitos eleitorais e, como consequência, a detenção de 72 indivíduos.

 

O caso digno de realce foi registado na província de Sofala, concretamente no distrito de Machanga, e foi protagonizado, tal como deu a conhecer Orlando Mudumane, porta-voz da Polícia da República de Moçambique, por 300 membros do partido Renamo. Mudumane contou que o grupo vandalizou uma escola (assembleia de voto) local, com o intuito de roubar as respectivas urnas. Os indivíduos incendiaram ainda várias residências.

 

 

Do universo de detidos, as províncias de Gaza e Nampula são as que mais se destacam, com 23 e 24 respectivamente.   

 

“Na província de Sofala, no distrito de Machanga, cerca de 300 simpatizantes do partido Renamo vandalizaram a Escola Primária da localidade da Ilha de Inharingue e tentaram apoderar-se, sem sucesso, de nove urnas de votos. De seguida, incendiaram cinco casas de construção precária que se encontravam nas proximidades. Na sequência, nove dos 300 simpatizantes foram detidos”, explicou Mudumane.

 

Questionado sobre o baleamento de um indivíduo em Nacala Porto, província de Nampula, Mudumane reagiu nos seguintes termos: “A PRM não tem registo desta informação’’, disse o porta-voz.

 

Confrontado ainda sobre o caso das imagens dos boletins de votos que circularam nas primeiras horas do dia da votação, respondeu: “As pessoas que cometeram esses actos foram identificadas e detidas, uma em Nampula e outra na cidade de Maputo.’’

 

27 óbitos em uma semana

 

Além da avaliação do dia da votação, a PRM fez uma avaliação da semana finda, período em que foram registadas 27 mortes, resultantes de acidentes de viação. Contudo, no que tange à Ordem e Segurança Públicas, Mudumane garante que a situação foi calma, visto que neste período não houve crimes de grande relevância em todo o país. (Marta Afonso)

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