“Livrem Moçambique dessa Junta aí…e façam isso como prioridade, senão até podemos fechar a escola para irmos buscar Nhongo”. Esta foi a mensagem deixada, ontem, pelo Presidente da República à direcção e instruendos da Escola de Sargentos da Polícia Tenente General Oswaldo Assahel Tazama, localizada no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.
Segundo Filipe Nyusi, a caça aos membros da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, incluindo seu cabecilha, Mariano Nhongo, é a principal tarefa do Teatro Operacional Centro, criado especificamente para combater os ataques militares nas províncias de Sofala, Manica e Tete.
Refira-se que a caça a Mariano Nhongo e membros da auto-proclamada Junta Militar da Renamo chega depois de terem falhado as tentativas de aproximar Filipe Nyusi e Mariano Nhongo à mesa de negociações, após o cessar-fogo anunciado, primeiro, pelo Chefe de Estado em Outubro passado e, segundo, pelo líder daquele grupo militar.
Mariano Nhongo, diga-se, tem sido apontado como o principal entrave para a materialização do encontro. Aliás, o Presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni, chegou a afirmar que Mariano Nhongo era inflexível e que também não se abria espaço para o diálogo.
Refira-se que a Junta Militar nasceu em 2019 em contestação à actual liderança da Renamo, encabeçada por Ossufo Momade. A organização diz não concordar com os termos acordados pelo Governo e a Renamo para o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço militar daquele partido, pelo que desencadeou uma nova onda de violência, atacando viaturas e pessoas nas províncias de Sofala, Manica e Tete. (Carta)