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segunda-feira, 27 dezembro 2021 07:40

Ataques terroristas: Autoridades de Nangade introduzem “guias-de-marcha” para permitir movimentação de pessoas e bens

Estão de volta as famosas “guias-de-marcha”, implementadas pelo Governo da Frelimo no auge da guerra civil em Moçambique, para controlar a movimentação de pessoas e bens no território nacional e evitar a infiltração de homens armados da Renamo, assim como o transporte de armas para abastecer o então grupo armado.

 

Desta vez, o documento está a ser usado no distrito de Nangade, norte da província de Cabo Delgado, e visa controlar a movimentação de pessoas e bens naquele território. De acordo com as fontes, a medida é recente e tem finalidade controlar a movimentação de terroristas, assim como de pessoas responsáveis pela logística do grupo.

 

Ao que “Carta” apurou, a emissão do documento custa 100 Meticais e o mesmo é válido apenas para cada viagem. O documento é emitido pelos secretários dos bairros e é exigido em todos os postos de controlo, assim como de entrada e saída do distrito. Aliás, para sair de uma aldeia para outra é necessário apresentar o referido documento.

 

As fontes afirmam que a situação está a deixar grande parte das famílias revoltadas, devido à sua incapacidade financeira de custear as despesas de emissão daquele documento. O documento, sublinham, tornou-se mais importante que o próprio Bilhete de Identidade.

 

Refira-se que o distrito de Nangade é dos mais afectados pelos ataques terroristas, havendo ainda alguns focos de resistência por parte dos insurgentes. À semelhança de Quissanga, Macomia e Muidumbe, o distrito de Nangade está sob controlo das tropas moçambicanas e da SADC. (Carta)

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