Sir Motors
Foram necessários cinco dias para que os transportadores semi-colectivos de passageiros, na cidade de Nampula, capital da província com o mesmo nome, exigissem a subida do preço do chapa, em consequência da subida do preço dos combustíveis.
Nesta segunda-feira, transportadores semi-colectivos de passageiros que operam na cidade de Nampula paralisaram as suas actividades, exigindo o aumento de 5,00 Meticais no preço do “chapa”, passando dos actuais 10,00 Meticais para 15,00 Meticais, a tarifa a ser aplicada no transporte urbano.
“Paramos por causa do custo do combustível, que subiu de 64 para 72 Meticais. Para nós, já estamos a fazer um serviço sem pai e nem mãe. Nós queríamos que fosse 15,00 Meticais”, afirmou à STV um dos transportadores entrevistados.
Devido a esta situação, relata a STV, os munícipes foram obrigados a caminhar ou a recorrer a moto-taxistas para se deslocarem aos seus postos de trabalho ou mesmo à escola.
Com a subida dos preços dos combustíveis, cresce o grito de socorro dos transportadores, pedindo o aumento do preço dos “chapas” em todo o país. Na cidade de Pemba, por exemplo, os “chapeiros” paralisaram as actividades, na sexta-feira passada, reivindicando também o aumento do preço de transporte na ordem de 5,00 Meticais, passando de 10 Meticais para 15,00 Meticais, em curtas distâncias, e de 15 para 20,00 Meticais para longas distâncias dentro daquela urbe.
Situação idêntica foi assistida na cidade de Nacala-Porto, na província de Nampula, onde os transportadores exigem igualmente o aumento do preço do transporte. Assim, na sexta-feira, também paralisaram as actividades, de modo a pressionar as autoridades.
Refira-se que, em Maputo, decorreu, nesta segunda-feira, uma reunião entre o Governo e a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), visando buscar soluções para a sobrevivência do sector dos transportes.
Uma das propostas levadas ao encontro é o aumento da tarifa, na ordem de 3,00 Meticais, a nível da Área Metropolitana do Grande Maputo. Até ao fecho deste artigo, ainda decorriam as conversações, pelo que “Carta” não conseguiu obter o resultado do encontro.
Refira-se que o último reajuste da tarifa de transporte, a nível dos transportes urbanos da cidade de Maputo e dos transportes inter-provinciais, aconteceu em Janeiro último, na sequência do aumento dos preços dos combustíveis em Outubro de 2021. (Carta)
