Com o aproximar da quadra festiva, o Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país, veio esta segunda-feira, na voz da Directora Clínica, Emília Jeque, informar que há falta de stock de sangue naquele hospital.
“Nós estamos com falta de stock de sangue. Apelamos às pessoas a doarem sangue. Depois da situação da Covid-19, as pessoas trancaram-se mais e não estão a doar sangue. Neste momento, o Hospital tem quantidades de sangue insuficientes que dá apenas para colher e usar e não dá para fazer stock, principalmente para essa época que se avizinha em que têm ocorrido muitos acidentes”, explicou Jeque.
A direcção clínica do HCM assegura ainda que neste momento as necessidades diárias de sangue do hospital estão a subir e as mulheres grávidas, as crianças, os traumas que estão a aumentar, são os que mais usam este líquido vital.
“Antes tínhamos uma média de 70 a 80 de necessidades diárias de sangue e agora passamos para 100 e 150 unidades, sendo que o que colhemos não nos permite fazer o stock. Apelamos às pessoas para que doem sangue. Noutros anos, nestas alturas já teríamos cerca de 400 a 500 unidades para fazer face às nossas necessidades”.
Aumenta o número de burladores no HCM
Num outro desenvolvimento, a direcção do Hospital Central de Maputo (HCM) explicou que nos últimos dias o número de burladores tem estado a aumentar.
“O HCM tem sofrido muitas burlas nos últimos dias devido ao fluxo de utentes que se fazem de doentes, principalmente no departamento de pediatria. Por vezes, as pessoas aparecem e identificam-se como pessoal da saúde e depois de um tempinho, pedem ajuda às mães dos bebês para que as emprestem telemóvel e de seguida desaparecem com o mesmo”, referiu a Direcção do HCM.
Mais adiante, a direcção frisou que, só na semana finda, foram registados três casos de burla e dois na semana anterior. Entretanto, existem ainda muitos casos de roubos entre as acompanhantes e estes tendem a aumentar dia após dia.
Para estancar este e outros casos, o HCM vai fechar as principais portas de entrada dos serviços, de modo a garantir a segurança tendo em conta que não há pessoal suficiente para estar em cada porta a vigiar os que entram. (Marta Afonso)