O ministro da Saúde garante que decorrem conversações para evitar que os médicos entrem em greve. A classe anunciou a paralisação de actividades a partir do dia 7 de Novembro, por 21 dias. Armindo Tiago diz que os médicos não têm intenção de fazer greve, mas sim ver as suas preocupações resolvidas.
A paralisação de actividades por parte da classe médica surge em reacção às injustiças que os médicos dizem haver na nova Tabela Salarial Única.
“Teoricamente, a greve surge no decorrer de problemas de enquadramento, mas a Tabela Salarial Única deve ser vista como uma alteração profunda na administração. Assim, é previsível que neste processo possam ocorrer erros, por esta razão o legislador criou uma comissão que é para receber, analisar e dar resposta às inquietações dos funcionários públicos”, explicou Armindo Tiago, acrescentando que a Comissão de Enquadramento vai analisar as reclamações do caderno reivindicativo, apresentadas na última sexta-feira, ao Ministério da Saúde.
“Já tivemos um encontro com a Associação e com a Ordem dos Médicos e ficou patente que é só a conversa que vai garantir que todas as questões levantadas, em função das possibilidades, sejam resolvidas. Uma vez resolvidas as questões, achamos que a greve não vai acontecer”, referiu Tiago.
Das reclamações dos médicos, segundo um documento da Associação Médica, consta a redução de salários e dos subsídios de risco e de exclusividade. (Carta)