Os trabalhadores prometem não voltar a trabalhar, sem que seja afastado ou transferido da empresa o engenheiro de nacionalidade chinesa, por estes entenderem que ele é "o mau da fita".
A greve foi preparada há duas semanas, mas não chegou a ser efectivada. “Tentamos fazer a greve na semana passada, mas não foi possível, porque estávamos a fazer turno da noite”, justificaram os trabalhadores.
Entretanto, no início da tarde, os trabalhadores voltaram aos seus postos de trabalhos, graças à intervenção de uma equipa do sector do trabalho liderada pelo Centro de Mediação e Arbitragem de Conflitos Laborais (CEMAL) de Nampula, que prometeu averiguar a situação, junto à entidade patronal.
Empresa minimiza as alegações
Entretanto, a direcção da empresa Ever Green, Lda. (Good One) considera a greve ilegal, alegadamente, por não ter sido comunicada pela massa laboral. Diz ainda que não havia necessidade de greve, uma vez que parte das reivindicações não constituem verdade.
Em conversa telefónica com a "Carta", Estanislau Jorge Ouana, assistente de direcção da empresa, negou que os trabalhadores estejam a passar por situações de maus tratos. Para ele, a postura profissional, caracterizada pela rigorosidade e exigência ao trabalho, é que tira tranquilidade aos trabalhadores. Contudo, o responsável admite a falta de luvas e máscaras. (Carta)