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sexta-feira, 28 abril 2023 07:25

Centros de saúde em Inhambane funcionam sem corrente eléctrica há três meses

centro de saude inhambane

Os Centros de Saúde de Cumbana e Jangamo, na província de Inhambane, estão a funcionar sem energia há três meses. Uma denúncia feita por alguns pacientes ao Observatório Cidadão para Saúde (OCS) relata que a falta de corrente eléctrica nestes centros está a colocar em causa a provisão de serviços básicos ao utente.

 

Segundo os relatos, no período da noite, os profissionais da saúde afectos à maternidade são obrigados a trabalhar com apoio de lanternas para assistir as mulheres grávidas no momento do parto.

 

Noutros casos, as parturientes são obrigadas a comprar velas para levarem à maternidade para servirem como luz durante o parto. A falta de corrente eléctrica naqueles locais impede o funcionamento do equipamento, sobretudo, do material médico-cirúrgico que precisa de ser conservado em locais frescos, como geleiras.

 

Reagindo à denúncia, o director do Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS), Carlos Issaca, disse que este cenário se verifica em quase todos os centros de saúde do distrito de Jangamo, devido à exiguidade de recursos financeiros.

 

“Por exemplo, agora esperávamos que houvesse disponibilidade financeira, mas os técnicos, tendo visualizado o sistema, deram-se conta da falta do valor. É um panorama não só de Jangamo, mas de quase toda a província”, frisou.

 

De acordo com o director, grande parte das unidades sanitárias não tem energia por causa de problemas orçamentais. Ou seja, os centros de saúde em alusão não recebem financiamento desde Janeiro deste ano para responder às despesas de funcionamento para prover melhores serviços ao utente. 

 

Por outro lado, o OCS recebeu informações dando conta da avaria do gerador do Hospital Distrital de Jangamo, a unidade sanitária de referência naquele distrito. O Hospital continua a ter a iluminação porque usa o serviço pós-pago, mas tem várias facturas acumuladas, em dívida com a Electricidade de Moçambique (EDM). (Marta Afonso)

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